Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

A instabilidade política nos EUA e em França, juntamente com a fraqueza do dólar e as compras dos bancos centrais, impulsionaram o ouro para valores recorde, consolidando o seu estatuto de principal ativo de refúgio para os investidores.

O 'shutdown' do governo dos EUA cria um ambiente de incerteza, adiando a publicação de dados económicos vitais e influenciando a política da Reserva Federal, ao mesmo tempo que aumenta a procura por ativos de refúgio como o ouro.

A instabilidade política em França, desencadeada pela demissão do primeiro-ministro, provocou uma reação negativa nos mercados, com quedas no CAC 40, perdas no setor bancário e um aumento do prémio de risco da dívida francesa.

Wall Street demonstrou volatilidade, com o setor tecnológico a impulsionar os índices para novos recordes antes de uma correção generalizada.

A falta de dados económicos devido ao 'shutdown' e movimentos específicos de empresas como a Tesla contribuíram para o sentimento misto.

Os alertas de sobrevalorização dos mercados acionistas, emitidos por banqueiros centrais e suportados por múltiplos indicadores, indicam que os preços incorporam expectativas muito otimistas, aumentando o risco de uma correção, especialmente no mercado norte-americano.

A bolsa de Lisboa teve um dia de contrastes, com a Mota-Engil a disparar graças a novos contratos, mas o índice PSI acabou por ceder, pressionado por quedas significativas no setor energético, interrompendo uma série de ganhos.

A Mota-Engil foi a estrela da bolsa de Lisboa, com as suas ações a subirem acentuadamente em reação à notícia de contratos milionários com a Petrobras, demonstrando a sensibilidade do mercado a notícias corporativas positivas.

A aliança entre a AMD e a OpenAI provocou uma forte valorização das ações da AMD e animou o setor tecnológico, sublinhando a crescente influência da OpenAI no ecossistema tecnológico, apesar das preocupações sobre a sua sustentabilidade financeira.

Os mercados europeus não encontraram uma direção clara, com a crise política em França a dominar as atenções e a gerar cautela entre os investidores, resultando num fecho misto para os principais índices da região.

O FMI alertou que, apesar da sua dimensão, o mercado cambial global enfrenta riscos sistémicos devido a fragilidades estruturais, recomendando uma ação coordenada dos reguladores para reforçar a supervisão e evitar uma potencial crise financeira.