Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

O alívio dos investidores com os dados da inflação, que não alteram as perspetivas de cortes nas taxas de juro pela Fed, foi o principal catalisador para o fecho positivo de Wall Street, com os mercados a anteciparem um estímulo à atividade económica.

O sentimento positivo nos mercados europeus foi generalizado, com os investidores a focarem-se nos dados macroeconómicos dos EUA que sustentam a esperança de cortes nas taxas de juro, superando as preocupações com as tensões comerciais e setoriais.

A praça lisboeta terminou a semana com uma nota otimista, refletindo o bom momento dos mercados europeus, sendo o setor financeiro, através do BCP, o principal motor da valorização do índice nacional.

A escalada das tensões geopolíticas, com ataques diretos a infraestruturas energéticas russas, foi o principal fator por detrás da forte valorização do petróleo Brent, que recuperou níveis de preço não vistos em dois meses.

A perspetiva de políticas protecionistas no setor dos semicondutores por parte dos EUA impulsionou fortemente as fabricantes de chips norte-americanas, como a Intel, sinalizando uma potencial reconfiguração das cadeias de abastecimento globais.

O sucesso retumbante do IPO do BFA, caracterizado por uma procura avassaladora, não só garantiu um encaixe máximo para o BPI e a Unitel, como também representa um marco histórico para o mercado de capitais angolano.

A especulação em torno de uma potencial privatização da Electronic Arts provocou uma corrida às suas ações, ilustrando como as notícias de fusões e aquisições podem gerar movimentos abruptos e significativos no mercado, independentemente do sentimento macroeconómico geral.

A nova frente na guerra comercial aberta pela Administração Trump, desta vez contra o setor farmacêutico, introduz um novo foco de incerteza, embora a reação inicial do mercado europeu tenha sido contida, contrastando com o impacto negativo sentido na Ásia.

Ao contrário do otimismo vivido na Europa e nos EUA, os mercados asiáticos refletiram uma maior aversão ao risco, com os investidores a reagirem negativamente às novas ameaças de tarifas por parte de Washington, que ensombram as perspetivas do comércio global.

O ligeiro agravamento das taxas Euribor nos prazos mais curtos reflete as dinâmicas do mercado interbancário, num contexto em que o Banco Central Europeu mantém uma pausa na sua política de alívio monetário, com implicações diretas para o custo do crédito à habitação.