Briefing: Empresas de tecnologia

O lançamento do iPhone Air na China marca a transição da Apple para a tecnologia eSIM num mercado fundamental, reforçando a sua estratégia de inovação de hardware apesar da concorrência local e das tensões geopolíticas. A decisão de aguardar pela aprovação regulamentar antes do lançamento demonstra a importância de cumprir as regras locais para operar com sucesso no país.

A colaboração entre a OpenAI e a Broadcom para desenvolver 10 GW de aceleradores de IA personalizados é um passo fundamental na corrida pela infraestrutura de inteligência artificial. Este acordo sublinha a escala massiva dos recursos energéticos e financeiros necessários para o futuro da IA e a estratégia da OpenAI de diversificar os seus fornecedores de hardware para além da Nvidia.

O fim do suporte ao Windows 10 coloca milhões de utilizadores em risco de segurança, especialmente aqueles com hardware incompatível com o Windows 11.

A medida da Microsoft, embora incentive a modernização, levanta sérias questões sobre obsolescência programada, custos para o consumidor e impacto ambiental, gerando críticas de várias organizações de defesa do consumidor.

A intervenção do governo neerlandês na Nexperia é um claro sinal do endurecimento da Europa na proteção da sua soberania tecnológica e das suas cadeias de abastecimento de semicondutores. A medida, justificada por segurança nacional, reflete a crescente politização da indústria de chips no contexto da rivalidade entre os EUA e a China, com potenciais repercussões para o investimento chinês na Europa.

O reforço do controlo alfandegário da China sobre os chips da Nvidia é um passo estratégico para acelerar a sua autossuficiência tecnológica e promover a indústria nacional de semicondutores. A medida visa simultaneamente fazer cumprir as ordens de não aquisição de chips estrangeiros e combater o mercado de contrabando, intensificando a guerra tecnológica com os Estados Unidos.

A inauguração da megafábrica da BYD no Brasil marca um passo decisivo na expansão global da empresa e na estratégia da China para se afirmar como uma potência industrial na América Latina.

Apesar das controvérsias, o investimento está alinhado com os objetivos do governo brasileiro de reindustrialização e sustentabilidade, desafiando o domínio dos fabricantes de automóveis tradicionais na região.

A apresentação do Ferrari Elettrica demonstra a capacidade técnica da marca para entrar na era elétrica com um produto de alto desempenho.

Contudo, a simultânea revisão em baixa das metas de eletrificação e as projeções financeiras modestas revelam uma estratégia cautelosa, que desapontou os mercados e levanta questões sobre o ritmo da transição da Ferrari num setor em rápida mudança.

A investigação da NHTSA ao sistema Full Self-Driving da Tesla, motivada por acidentes e infrações graves, coloca em xeque a segurança e a fiabilidade da tecnologia de condução autónoma da empresa. O processo evidencia a crescente preocupação dos reguladores com os riscos associados a sistemas de automação parcial e a discrepância entre as capacidades reais da tecnologia e as promessas de marketing.

A chegada do Modo IA da Google a Portugal, potenciado pela tecnologia Gemini, transforma a pesquisa numa experiência mais conversacional e intuitiva.

Esta inovação permite responder a questões complexas de forma mais eficaz, combinando a capacidade de síntese da IA com o acesso aprofundado aos conteúdos da web, e marca um passo importante na evolução dos motores de busca.

A criação do CustomFit Centre em Mangualde representa um investimento estratégico da Stellantis na personalização de veículos comerciais elétricos, aumentando o valor acrescentado da produção em Portugal. A iniciativa responde diretamente às necessidades do mercado profissional e fortalece a competitividade da fábrica no contexto europeu, alinhando a produção com as exigências de clientes específicos.