Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A aquisição do Novobanco pelo BPCE representa um marco de estabilidade para o sistema financeiro português, assinalando a confiança de um grande grupo europeu na economia nacional e a promessa de um investimento de longo prazo focado no crescimento e na manutenção da gestão atual.

A aprovação regulatória da fusão entre a Paramount e a Skydance, avaliada em oito mil milhões de dólares, representa uma reconfiguração significativa no setor dos media, unindo um estúdio tradicional a um produtor moderno e prometendo uma renovação estratégica para ativos icónicos como a CBS.

A venda da MO e da Zippy pela Sonae por 20 milhões de euros constitui um desinvestimento estratégico que permite ao grupo focar-se noutras áreas, enquanto assegura a continuidade da gestão das marcas de moda sob a liderança do seu atual CEO e com o apoio do fundo Oxy Capital.

A aquisição de uma participação maioritária na AeoniQ pela Altri marca uma diversificação estratégica para o setor de têxteis sustentáveis, com um investimento significativo numa nova unidade industrial em Portugal para produzir fibras inovadoras que substituem materiais de origem fóssil.

O interesse da Globalvia na aquisição das autoestradas A28 e A22 ao fundo CVC DIF assinala um potencial movimento de consolidação no setor das infraestruturas em Portugal, demonstrando a atratividade do mercado nacional para operadores internacionais.

A aquisição de uma participação maioritária na Antonio Lupi pelo Roca Group é um movimento estratégico que posiciona o grupo espanhol de forma privilegiada no segmento de luxo, ao mesmo tempo que visa potenciar a expansão internacional da marca italiana, mantendo a sua independência operacional e gestão familiar.

A aquisição da construtora Transfor pelo grupo britânico Arrow Global representa um investimento estratégico que visa dotar a empresa portuguesa de maior solidez financeira e capacidade operacional, impulsionando o seu crescimento e a aposta na industrialização da construção em Portugal.

A aquisição da LastLap pelo grupo Atresmedia cria um gigante no setor de eventos na Península Ibérica, com o objetivo de alavancar a capacidade criativa da agência e a escala do grupo de media para uma expansão internacional, mantendo a autonomia da operação portuguesa.

O fracasso na venda da sua sede ao fundo do BPI por 37 milhões de euros agrava a situação financeira da Impresa, que continua a procurar alternativas para reduzir a sua dívida num contexto de prejuízos crescentes no setor dos media.

O investimento hoteleiro em Portugal registou um crescimento robusto no primeiro semestre de 2025, impulsionado por transações significativas e um forte apetite de investidores internacionais, que veem no dinamismo do turismo nacional uma oportunidade de investimento atrativa e resiliente.