Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A privatização da Azores Airlines está suspensa entre acusações de opacidade contra a SATA Holding e a prorrogação de prazos para o único consórcio interessado. O impasse gera grande preocupação económica e social nos Açores, com alertas para um potencial colapso da companhia e perdas avultadas de empregos e para o PIB regional.

A privatização da TAP avança com o interesse confirmado da Lufthansa e da Air France-KLM, que analisam o caderno de encargos. O processo é ensombrado por uma condenação judicial que pode custar à TAP até 300 milhões de euros em indemnizações, embora a Lufthansa garanta que o seu interesse estratégico se mantém inalterado.

A Warner Bros.

Discovery está oficialmente no mercado, avaliando uma venda total ou parcial após receber propostas de gigantes como a Netflix, Amazon e Apple.

A decisão abre a porta a uma grande reconfiguração da indústria global do entretenimento, com ativos valiosos como a HBO e a CNN em jogo.

A Kering vendeu a sua unidade de beleza à L'Oréal por 4 mil milhões de euros, um movimento estratégico para reduzir a dívida e focar-se na moda de luxo. Para a L'Oréal, esta é a sua maior aquisição de sempre, reforçando o seu portfólio com a marca de perfumes Creed e licenças de longo prazo para marcas como a Gucci.

A integração da fábrica da Strucflex/Pronal em Aljustrel no grupo Michelin representa um passo estratégico para ambas as empresas.

Com um investimento de até três milhões de euros, a Michelin visa duplicar a produção e diversificar o seu portefólio, enquanto a unidade alentejana ganha capacidade para inovar e expandir-se para novos mercados.

O regulador da concorrência do Reino Unido ameaça bloquear a fusão entre a Getty Images e a Shutterstock, alertando que o negócio pode criar um monopólio no fornecimento de conteúdo editorial e de arquivo. As empresas têm agora um prazo curto para apresentar soluções que garantam a manutenção da concorrência no mercado.

A Autoridade da Concorrência aprovou a compra das concessões das autoestradas A22, A27 e A28 por um grupo de investimento detido por japoneses.

A operação reforça a presença do First Sentier Group em infraestruturas portuguesas e foi considerada não prejudicial para a concorrência no mercado nacional.

A estatal angolana Endiama apresentou uma proposta formal para comprar a participação de 85% da Anglo American na De Beers, numa jogada que visa reforçar a sua posição na indústria global de diamantes.

A oferta coloca Angola em concorrência direta com o Botsuana, que também pretende aumentar a sua quota na icónica empresa.

Dando seguimento à sua estratégia de rotação de ativos, a EDP vendeu uma linha de transmissão no Brasil por 81 milhões de euros a um fundo gerido pela Actis.

A operação gera um retorno significativo sobre o investimento e permite à elétrica otimizar o seu portefólio no mercado brasileiro.

Num movimento estratégico de consolidação, a DFK Portugal adquiriu cinco firmas de auditoria, projetando-se para o top 10 do setor no país.

A aposta em crescimento inorgânico e num novo hub tecnológico com IA visa duplicar o volume de negócios até 2026 e reforçar a sua competitividade no mercado.