Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A aquisição da Oblanca pela Lusiaves é um movimento estratégico que consolida a posição do grupo português no mercado ibérico.

A união de duas empresas familiares com modelos de negócio verticalizados promete sinergias logísticas e comerciais, reforçando a capacidade de resposta e a competitividade em múltiplos canais de distribuição em Portugal e Espanha.

A aquisição da unidade de gestão da URW REM na Alemanha posiciona a Sonae Sierra como um dos principais operadores de centros comerciais no maior mercado de retalho da Europa. A operação não só aumenta significativamente o seu portefólio e equipa, mas também reforça a sua estratégia de crescimento internacional e a sua capacidade de atrair investimentos, consolidando o seu compromisso com a gestão de ativos para terceiros.

A aquisição da Electronic Arts por 55 mil milhões de dólares é uma operação sem precedentes que retira da bolsa uma das maiores empresas de videojogos do mundo. Liderada por um consórcio que inclui o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, a transação sublinha a crescente aposta de grandes investidores na indústria do entretenimento digital e poderá redefinir a estratégia futura da EA e das suas populares franquias.

A negociação entre a Impresa e o grupo italiano MFE para a aquisição de uma participação de controlo é um dos acontecimentos mais significativos do setor dos media em Portugal. Perante as dificuldades financeiras da Impresa, a entrada de um gigante europeu como a MFE pode garantir a sua sobrevivência e reconfigurar o mercado, alinhando-se com a estratégia de consolidação europeia da MFE para competir com as plataformas de streaming globais.

A aprovação da compra da Versace pela Prada pela Comissão Europeia finaliza um negócio de grande relevo no setor do luxo. A operação, realizada por um valor inferior ao da aquisição anterior pela Capri Holdings, reflete as pressões do mercado global e consolida o portefólio da Prada, unindo duas potências da moda italiana sem entraves concorrenciais.

A venda de parte da sua participação no BFA permitiu ao BPI encaixar 103 milhões de euros e cumprir as exigências regulatórias europeias para reduzir a exposição a Angola. O sucesso da OPV demonstra o interesse dos investidores no mercado angolano, embora a reduzida liquidez inicial das ações evidencie os desafios estruturais da bolsa de Luanda.

A exploração da venda da Logoplaste pelo seu acionista maioritário, o fundo canadiano OTPP, coloca uma das maiores empresas portuguesas de embalagens no mercado, com uma avaliação que ultrapassa os 1,7 mil milhões de euros.

A manutenção dos fundadores como acionistas minoritários poderá ser um fator de estabilidade na transição para um novo proprietário, num momento de grande interesse por ativos industriais de qualidade.

A aquisição de duas importantes concessões rodoviárias pela Igneo Infrastructure Partners consolida a sua posição como um investidor de referência no setor das infraestruturas em Portugal. O negócio, avaliado em mais de 200 milhões de euros, reforça a atratividade do mercado português para fundos internacionais e torna a Igneo o terceiro maior operador de autoestradas com portagem no país.

A integração da Telles na Deloitte marca um passo significativo na consolidação do modelo multidisciplinar em Portugal, seguindo uma tendência global.

A operação cria uma potência no mercado de serviços jurídicos e intensifica a concorrência entre as 'Big Four', que apostam cada vez mais na combinação de competências para oferecer soluções integradas e de maior valor acrescentado aos clientes.

A aquisição do Grupo Constant Portugal e a nomeação de um novo Chief People Officer marcam um passo estratégico para a Wellow Network. O movimento reforça a centralidade da gestão de pessoas na sua estratégia de crescimento, consolidando a sua estrutura para enfrentar os desafios de um mercado de trabalho em constante evolução e apoiar a expansão das suas diversas áreas de negócio.