Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

O Governo português iniciou a privatização de até 49,9% da TAP, estabelecendo critérios rigorosos que limitam a corrida a grandes grupos aéreos.

Os gigantes europeus Lufthansa, IAG e Air France-KLM confirmaram o seu interesse, aguardando os pormenores de um processo que procura equilibrar o retorno financeiro para o Estado com o crescimento estratégico da companhia aérea nacional.

A Fidelidade vendeu 40% da Luz Saúde ao fundo australiano Macquarie por 310 milhões de euros, mantendo o controlo maioritário e a equipa de gestão. A transação, que avalia a Luz Saúde em mais de 1,1 mil milhões de euros, visa otimizar o investimento e potenciar o crescimento internacional do grupo hospitalar, após a suspensão dos planos para uma oferta pública inicial.

A Mota-Engil assegurou um contrato de concessão de 30 anos para um túnel submerso no Brasil, um projeto de 1,1 mil milhões de euros que representa uma vitória estratégica para a construtora. A notícia provocou uma forte valorização das suas ações, apesar de também ter atraído a atenção de fundos especulativos, num momento em que a empresa apresenta resultados e uma carteira de encomendas robustos.

O BBVA recebeu luz verde do regulador espanhol para a sua OPA hostil sobre o Sabadell, dando início a um período de 30 dias para os acionistas decidirem.

Apesar da oposição do Sabadell, que considera a oferta desfavorável, e das condições impostas pelo governo espanhol, a operação poderá criar um novo gigante bancário na Europa se obtiver a adesão necessária.

A Casa Redondo, proprietária do Licor Beirão, adquiriu a marca de licor Sheridan's à gigante mundial Diageo.

A compra, a segunda internacional em dois anos, insere-se na estratégia da empresa portuguesa para expandir a sua gama premium e consolidar a sua presença nos mercados globais, prevendo um reforço das suas equipas para gerir a nova marca.

O Governo português e a Caixa Geral de Depósitos decidiram relançar pela terceira vez a venda do Banco Caixa Geral - Brasil. A alienação de 100% da unidade brasileira, uma exigência do plano de reestruturação de 2017, é retomada após o surgimento de novos interessados no ativo.

A Portobello Capital, uma sociedade de private equity espanhola, vai adquirir o controlo do grupo português Dualparts, líder na distribuição de peças automóveis.

Com os anteriores acionistas a reinvestirem, a operação visa apoiar a expansão da Dualparts na Península Ibérica e marca o segundo investimento da Portobello em Portugal.

A Anglo American e a Teck Resources anunciaram uma fusão entre iguais para criar a Anglo Teck, um dos maiores produtores mundiais de cobre. A transação, realizada através de uma troca de ações, visa formar um líder global em minerais essenciais para a transição energética.

O Monte dei Paschi di Siena obteve sucesso na sua OPA sobre o Mediobanca, garantindo mais de 62% do capital e criando o terceiro maior banco de Itália. A operação, alinhada com os objetivos do governo italiano, deverá resultar numa mudança de liderança no Mediobanca, com a saída do CEO Alberto Nagel.

Dez anos após uma fusão apoiada por Warren Buffett, a Kraft Heinz vai separar-se em duas empresas distintas: uma focada em marcas globais como Heinz e outra no negócio de mercearia norte-americano. A decisão visa simplificar a estrutura e focar em estratégias distintas, marcando o fim de uma união que não correspondeu às expectativas iniciais do mercado.

A VivaGym comprou o grupo de ginásios Gymnasium, integrando cinco unidades no Algarve e reforçando a sua expansão em Portugal.

A aquisição eleva para 46 o número de centros da marca no país e prevê a renovação dos espaços e a ampliação da oferta de serviços para os novos membros.

A venda de uma participação maioritária na Alloga Logifarma permitiu à Farminveste multiplicar por seis os seus lucros no primeiro semestre, atingindo 47,7 milhões de euros.

Mesmo sem este efeito extraordinário, o resultado líquido consolidado teria crescido 54%, refletindo o desempenho positivo das suas participadas.