Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A cisão da Kraft Heinz, uma década após a sua fusão, representa uma tentativa de criar valor através da especialização, separando os negócios de molhos globais dos produtos de mercearia norte-americanos.

A decisão reflete os desafios enfrentados pela empresa e a desilusão com os resultados da fusão, sendo recebida com ceticismo pelo mercado e pelo investidor Warren Buffett.

A OPA da Visabeira sobre a Martifer avança com o apoio da administração, que a considera adequada ao atual contexto de incerteza. Contudo, a associação de pequenos acionistas Maxyield contesta o valor da contrapartida, defendendo que não reflete o valor real da empresa e apelando a uma revisão do preço, o que introduz um elemento de tensão no desfecho da operação.

A aquisição da Apside pela CGI representa um movimento estratégico para ampliar a sua oferta tecnológica e a sua presença geográfica na Europa. Para Portugal, a operação significa a integração de cerca de 40 profissionais e o reforço da capacidade local para servir clientes nacionais e internacionais, alinhado com a estratégia de crescimento sustentado da CGI.

A aprovação da Autoridade da Concorrência permite ao Grupo Bel avançar com a aquisição de quatro empresas de distribuição, reforçando a sua operação logística no sul de Portugal. A operação alinha-se com a estratégia de expansão e consolidação do grupo liderado por Marco Galinha no setor da distribuição.

A aquisição da Sanifauna pela Nuzoa consolida a presença da empresa espanhola em Portugal e reforça a sua rede ibérica no setor da saúde animal.

A operação, que visa a criação de sinergias e a expansão da oferta, ilustra a contínua consolidação do mercado através de aquisições estratégicas transfronteiriças.

A compra da Soplacas pelo Grupo Lusiaves marca um passo importante na sua estratégia de diversificação, expandindo a sua atuação para o setor do betão. A operação visa criar sinergias industriais e reforçar a aposta em soluções sustentáveis, demonstrando a ambição do grupo em crescer para além do seu negócio principal de produção avícola.

A parceria entre a Chery Automobile e o Grupo JAP para a importação das marcas OMODA & JAECOO assinala a crescente presença de fabricantes chineses no mercado automóvel português. Com uma aposta forte no segmento SUV e em diversas motorizações, a entrada destas marcas, agendada para o final de 2025, intensificará a concorrência e reforçará a oferta de veículos de mobilidade sustentável em Portugal.

A reestruturação do grupo Polopiqué reflete a grave crise que afeta o setor têxtil no Vale do Ave, obrigando a empresa a tomar medidas drásticas como o encerramento de fábricas e despedimentos em massa para garantir a sua sobrevivência.

Ao recorrer a PER e pedidos de insolvência, o grupo procura renegociar dívidas e focar-se nas suas áreas mais competitivas, num movimento que terá um forte impacto social e económico na região.

A decisão do BPCE de abrir um escritório do Natixis em Lisboa é um claro sinal da sua aposta estratégica em Portugal, na sequência da compra do Novobanco. Este movimento não só expande as operações do grupo para além do seu hub tecnológico no Porto, mas também reforça a sua capacidade de atuação no setor financeiro português, integrando o novo ativo numa estrutura ibérica mais robusta.

O investimento liderado pela Bright Pixel Capital na Tidal Cyber demonstra a crescente projeção do capital de risco português em mercados tecnológicos competitivos como o dos EUA.

Ao apostar numa empresa pioneira em 'Threat-Led Defense', o braço de investimento da Sonae não só diversifica o seu portefólio, mas também contribui para o desenvolvimento de soluções avançadas de cibersegurança com impacto global.