Briefing: Greves esta semana

A falta crónica de guardas prisionais em Portugal, estimada em dois mil efetivos, está a levar o sistema ao limite. A sobrecarga de trabalho, as más condições laborais e a falta de atratividade da carreira alimentam o descontentamento e as ações de protesto dos sindicatos, incluindo greves, que alertam para o risco de colapso da segurança nas prisões e para a necessidade urgente de valorização da profissão e de medidas alternativas à reclusão.

O descontentamento entre os enfermeiros do SNS é generalizado, impulsionado pela carência crónica de profissionais, que resulta em sobrecarga de trabalho, exaustão e milhares de horas extraordinárias. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusa o Ministério da Saúde de falta de planeamento e exige a contratação de efetivos, a valorização da carreira e melhores condições laborais, ameaçando com formas de luta caso as reivindicações não sejam atendidas.

A crise no SNS, evidenciada pelo encerramento rotativo de urgências e pela falta de médicos de família, alimenta um conflito contínuo entre o Governo e os sindicatos médicos. Enquanto os autarcas manifestam frustração pela falta de respostas, o debate centra-se na controversa gestão dos médicos tarefeiros e na reorganização da rede de urgências, soluções que, até agora, não conseguiram resolver os problemas estruturais de recursos humanos e de acesso aos cuidados de saúde.