Briefing: Greves esta semana

A greve geral convocada pela CGTP e UGT para 11 de dezembro, a primeira em conjunto desde 2013, surge como resposta ao pacote laboral do Governo.

Anunciada após uma grande manifestação em Lisboa, a paralisação visa abranger os setores público e privado, com o objetivo de pressionar o executivo a reavaliar as alterações propostas.

Com uma adesão de 80%, a greve dos peritos forenses da PJ destacou a exigência por uma carreira própria e melhores condições.

Os profissionais protestam contra a desvalorização salarial, o sistema de avaliação e a liderança das suas unidades por inspetores de investigação, acusando a direção de os subalternizar.

O conflito com os médicos tarefeiros, motivado pela intenção do Governo de reduzir os seus honorários, revelou a sua importância vital para o SNS. A ameaça de paralisação levou ao adiamento da medida, à criação de uma associação de tarefeiros para negociar e a promessas de integração nos quadros do SNS, evidenciando a dependência do sistema neste modelo de contratação.

A Fenprof opõe-se à revisão das vagas do concurso extraordinário de professores, recusando qualquer corte nos 1.800 lugares anunciados. A federação sindical defende que as alterações não podem prejudicar os candidatos que já concorreram e propõe um reforço de vagas em vez de uma redistribuição, num contexto de contestação às decisões do Ministério da Educação.

A transferência de uma reclusa transexual para uma prisão masculina foi o resultado direto da ameaça de greve do sindicato dos guardas prisionais.

A medida foi tomada após vários incidentes violentos em cadeias femininas, com o sindicato a considerar a decisão uma vitória que repõe a segurança nos estabelecimentos.