Briefing: Guerra da Ucrânia vs Rússia

Foi confirmada uma cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin para a próxima semana, com o objetivo de negociar o fim da guerra na Ucrânia.

O encontro, que poderá ocorrer nos Emirados Árabes Unidos, exclui numa fase inicial a participação de Volodymyr Zelensky e acontece sob a pressão de um ultimato de sanções por parte dos EUA.

Volodymyr Zelensky condiciona uma reunião de paz a um cessar-fogo prévio por parte da Rússia.

O líder ucraniano está a coordenar posições com os EUA e líderes europeus, defendendo que a Europa deve ter um papel central nas negociações para garantir uma paz duradoura e a segurança futura do país.

Os Estados Unidos duplicaram as tarifas sobre produtos indianos para 50% como retaliação pela compra de petróleo russo, visando cortar o financiamento da guerra na Ucrânia.

A Índia e a Rússia condenaram a medida, com Nova Deli a defender a sua autonomia energética e a preparar-se para uma visita de Putin, reforçando os laços bilaterais.

O enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, teve uma reunião "construtiva" de três horas com Vladimir Putin em Moscovo, com o objetivo de encontrar uma solução para a guerra. O encontro, considerado um sucesso por Trump, antecede uma cimeira presidencial e ocorre sob a ameaça de novas sanções dos EUA se a Rússia não avançar para um cessar-fogo.

A guerra na Ucrânia continua marcada por intensos ataques de drones de ambos os lados. A Rússia causou múltiplas vítimas civis e danos em infraestruturas, enquanto a Ucrânia mantém a sua campanha contra alvos em território russo e na Crimeia, num contexto de escalada militar que acompanha os esforços diplomáticos para a paz.

A Europa reage à iniciativa diplomática dos EUA com uma forte coordenação com a Ucrânia, defendendo a sua participação nas negociações de paz e o fim da agressão russa.

Simultaneamente, países membros da NATO, incluindo os nórdicos, reforçam o apoio militar a Kiev através de um novo mecanismo de financiamento de equipamento norte-americano.

A China reafirma a sua neutralidade na guerra, pedindo aos seus cidadãos para não participarem no conflito, enquanto aprofunda a cooperação militar com a Rússia através de exercícios conjuntos. A posição de Pequim continua a ser vista com desconfiança pelo Ocidente, que acusa o país de apoiar indiretamente o esforço de guerra russo.

O novo acordo comercial entre EUA e UE entrou em vigor, estabelecendo uma tarifa de 15% e incluindo um compromisso europeu de comprar energia norte-americana para substituir o gás russo.

Apesar de a UE ter suspendido as suas contramedidas, a administração Trump mantém a ameaça de tarifas mais altas se os investimentos prometidos não se concretizarem.

A Rússia alega que a Ucrânia se recusou a receber de volta mil dos seus prisioneiros de guerra, o que está a bloquear o processo de troca de prisioneiros acordado. Esta acusação surge num momento de intensa atividade diplomática, mas a questão dos prisioneiros permanece um ponto de discórdia e sofrimento.

A Rússia declarou o fim da sua moratória sobre mísseis nucleares de alcance intermédio, citando ameaças da NATO. A decisão, que surge no meio de uma escalada de tensões com Washington, anula um dos pilares do controlo de armas da Guerra Fria e aumenta o risco de uma nova corrida ao armamento na Europa.

A Bielorrússia alterou a sua lei marcial para permitir uma entrada mais rápida em guerra em defesa da Rússia, enquanto realiza novos exercícios militares conjuntos com Moscovo.

Esta medida intensifica as tensões na fronteira oriental da NATO, que por sua vez reforça a sua vigilância aérea na Polónia e Lituânia.