Briefing: Guerra da Ucrânia vs Rússia

A UE aprovou o congelamento indefinido de 210 mil milhões de euros em ativos russos, utilizando um mecanismo de emergência para evitar o veto da Hungria e da Eslováquia. A medida visa financiar um empréstimo de reparações para a Ucrânia, embora enfrente a oposição da Bélgica e da Itália devido a preocupações com os riscos associados.

Um plano de paz mediado pelos EUA pressiona a Ucrânia a aceitar a criação de uma zona desmilitarizada no Donbass.

Em contrapartida, a proposta inclui uma adesão acelerada à UE até 2027, embora Kiev recuse a cedência formal de território e procure o apoio dos aliados europeus para resistir a um acordo considerado desvantajoso.

A nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, crítica em relação à Europa, gerou uma crise diplomática.

Líderes como António Costa e Ursula von der Leyen repudiaram a percebida interferência, enquanto a Dinamarca classificou os EUA como uma potencial ameaça, evidenciando uma profunda fratura na aliança transatlântica.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, alertou que a Rússia poderá atacar um país da aliança em cinco anos, instando a Europa a preparar-se para a guerra.

Rutte criticou a complacência dos aliados e apelou a um aumento urgente dos gastos com defesa para dissuadir uma agressão russa.

A UE e a Ucrânia acordaram um plano de dez pontos para avançar com as reformas de adesão, focando-se no combate à corrupção e no Estado de direito. Esta medida permite que o trabalho técnico prossiga, apesar do veto da Hungria ao início formal das negociações, mantendo viva a perspetiva de integração europeia de Kiev.

Volodymyr Zelensky encontrou-se com líderes em Londres, Bruxelas e Roma para garantir o apoio europeu contra um plano de paz pressionado pelos EUA que exige concessões territoriais.

A sua ofensiva diplomática visa fortalecer a posição de Kiev nas negociações e assegurar garantias de segurança e apoio financeiro a longo prazo.

O novo primeiro-ministro checo, Andrej Babis, anunciou o fim do financiamento do seu país à Ucrânia, alegando prioridades nacionais.

A decisão foi classificada como "egoísta" e "irresponsável" pela oposição, sinalizando uma potencial fratura na frente unida da UE no apoio a Kiev.

A Alemanha acusou formalmente a Rússia de estar por trás de um ciberataque e de interferência eleitoral, convocando o embaixador russo. Simultaneamente, o líder da oposição alemã, Friedrich Merz, comparou as ações de Putin às de Hitler, refletindo um endurecimento da postura de Berlim face a Moscovo.

Portugal apoiou a proposta da UE para um empréstimo à Ucrânia baseado em ativos russos, o que levou a Rússia a rescindir um acordo de cooperação militar bilateral. Moscovo justificou a ação com o apoio de Portugal à "guerra híbrida" da UE, evidenciando a crescente tensão diplomática.

A UE aprovou uma nova tranche de 2,3 mil milhões de euros para a Ucrânia, destinada a despesas sociais e humanitárias. Este financiamento, parte de um programa de 50 mil milhões de euros, foi libertado após Kiev cumprir uma série de compromissos de reforma exigidos por Bruxelas.