Briefing: Guerra da Ucrânia vs Rússia

O massivo ataque aéreo russo sobre Kyiv resultou em pelo menos 18 mortos, incluindo crianças, e danos extensos a quase 100 edifícios, incluindo a delegação da UE.

O bombardeamento foi amplamente condenado como um ato deliberado contra civis para sabotar os esforços de paz, enquanto a Rússia alegou ter atingido apenas alvos militares.

A União Europeia reagiu com firmeza ao ataque russo em Kyiv, que atingiu a sua delegação, anunciando o 19.º pacote de sanções e a utilização de ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia.

Líderes europeus condenaram unanimemente a agressão e a UE convocou o diplomata russo para prestar esclarecimentos, reafirmando o seu apoio inabalável a Kyiv.

Ursula von der Leyen, após conversas com Zelensky e Trump, defendeu a transformação da Ucrânia num "porco-espinho de ferro" através de garantias de segurança robustas.

Esta estratégia visa criar uma forte capacidade de dissuasão militar a longo prazo como condição essencial para uma paz justa e duradoura, sublinhando o compromisso europeu neste esforço.

A Rússia defendeu os seus ataques a Kyiv como sendo dirigidos a alvos militares, ao mesmo tempo que declarou manter o interesse em negociações de paz.

Esta estratégia de combinar agressão militar com uma aparente abertura diplomática visa pressionar a Ucrânia e os seus aliados a aceitarem as condições de Moscovo para o fim da guerra.

A mediação de paz liderada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, está num impasse devido à relutância russa em avançar para conversações diretas, apesar de uma recente cimeira com Putin. Trump demonstrou impaciência, estabelecendo um prazo de duas semanas para uma decisão, enquanto a Rússia acusa o Ocidente de obstruir o processo diplomático.

A Hungria aprofundou o seu conflito com a UE ao processar o bloco por usar ativos russos para ajudar a Ucrânia e ao vetar a entrada de um comandante militar ucraniano no Espaço Schengen.

Estas medidas refletem a postura pró-russa de Budapeste e a sua oposição às políticas de apoio a Kyiv, criando uma fissura na unidade europeia.

A Alemanha está a reforçar significativamente a sua capacidade de defesa em resposta à ameaça russa, através de uma nova lei para o serviço militar voluntário e da inauguração da maior fábrica de munições da Europa. Estas medidas representam uma mudança histórica na política de segurança alemã, visando aumentar o número de efetivos e a produção de armamento para apoiar a Ucrânia e fortalecer a NATO.

A guerra de drones entre a Rússia e a Ucrânia intensificou-se, com Kyiv a atacar infraestruturas estratégicas russas, como terminais de gás e instalações nucleares, utilizando armamento de produção própria.

Em resposta, a Rússia continua os seus bombardeamentos contra alvos ucranianos, numa escalada que visa minar a capacidade económica e logística de ambos os lados.

Vladimir Putin exige o controlo total da região do Donbass, a neutralidade da Ucrânia e a ausência de tropas ocidentais como condições para a paz, segundo fontes do Kremlin.

Embora represente uma ligeira alteração nas reivindicações territoriais, a proposta continua a ser inaceitável para Kyiv, que recusa ceder território e procura garantias de segurança robustas.

Rússia e Ucrânia efetuaram uma troca de 292 prisioneiros de guerra, um raro ponto de cooperação num conflito intenso. No terreno, a Ucrânia admitiu a entrada de forças russas em Dnipropetrovsk, enquanto a Rússia reivindicou a captura de várias localidades, evidenciando a contínua e violenta disputa territorial.