Briefing: Governo e oposição

A investigação ao Secretário de Estado João Moura por suspeitas de corrupção e conflito de interesses intensificou a pressão sobre o Governo.

O PAN exige a sua demissão imediata, enquanto o caso levanta questões sobre a transparência e a integridade do executivo, podendo levar a consequências políticas significativas.

Luís Marques Mendes posicionou a sua candidatura presidencial na defesa da moderação contra o radicalismo político. Propõe um papel presidencial focado na criação de consensos e no reforço da capacidade de fiscalização do Estado, criticando falhas passadas e prometendo uma governação baseada na experiência e no bom senso.

A data das eleições presidenciais foi fixada para 18 de janeiro de 2026, antecipando o calendário político. A corrida a Belém perfila-se como a mais participada de sempre, com um número recorde de pré-candidatos de diversas áreas políticas, o que aumenta a probabilidade de uma segunda volta.

O reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal está iminente, segundo o Ministro Paulo Rangel, que garante não existirem obstáculos ao processo.

A decisão, coordenada com aliados europeus, representa uma viragem na política externa e reforça o compromisso do Governo com a solução de dois Estados.

André Ventura adiou a sua decisão sobre a candidatura presidencial, enquanto aproveitou um evento em Espanha para proferir declarações radicais sobre imigração e política espanhola, reforçando a sua imagem e alianças na extrema-direita. A sua hesitação estratégica e as polémicas declarações marcam a sua crescente influência no debate político nacional e internacional.

Apesar da postura negocial aberta do Governo sobre a reforma laboral, as propostas enfrentam uma oposição social massiva, evidenciada por petições com dezenas de milhares de assinaturas. Este confronto entre a agenda governamental de flexibilização e a defesa dos direitos adquiridos define um dos principais focos de tensão política e social do momento.

Em resposta a provocações russas na Polónia, o Ministro da Defesa, Nuno Melo, declarou a prontidão de Portugal para aumentar a sua presença militar no Leste europeu, no âmbito da NATO.

A decisão final está pendente, mas sinaliza um alinhamento estratégico com os aliados e uma adaptação à nova realidade de segurança na Europa.

José Luís Carneiro, líder do PS, declarou os primeiros 100 dias do Governo um "fracasso", centrando as críticas nas falhas da saúde e da educação, como a crise nas urgências e a falta de professores.

A oposição acusa o executivo de incumprimento e desresponsabilização, antecipando um clima de maior tensão política.

Uma auditoria revelou que a ex-presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, terá cometido irregularidades financeiras e possível crime de peculato.

A revelação abala a sua candidatura autárquica, apoiada pelo PSD, com a visada a alegar perseguição política a um mês das eleições.

Catarina Martins lançou a sua candidatura à Presidência da República, propondo-se a "cuidar da democracia" e a ser uma alternativa ao atual panorama político. A sua entrada agita o campo da esquerda e foca o debate em temas como direitos sociais, dignidade e o combate à degradação do discurso político.