Briefing: Notícias da Rússia

As repetidas incursões de drones em vários países europeus foram interpretadas como uma tática de guerra híbrida por parte da Rússia, causando perturbações civis e levando a um reforço das medidas de defesa aérea e a um aumento da tensão entre a Europa e Moscovo.

Face às ameaças de drones atribuídas à Rússia, a UE debate a criação de um 'muro de drones' para defesa coletiva.

A proposta, apoiada pela experiência ucraniana, visa unificar a resposta europeia, mas enfrenta obstáculos relacionados com financiamento e divergências estratégicas entre os Estados-membros.

Num discurso amplamente noticiado, Vladimir Putin desvalorizou as preocupações europeias sobre drones, classificando-as como 'histeria'.

A sua menção irónica a Lisboa foi interpretada como uma forma de ridicularizar os receios ocidentais, ao mesmo tempo que acusou os líderes europeus de usarem a 'ameaça russa' para desviar a atenção de problemas internos.

Vladimir Putin emitiu um forte aviso à Europa, declarando que a crescente militarização do continente levará a uma resposta 'muito convincente' por parte da Rússia.

Acusando os líderes europeus de intensificarem o conflito na Ucrânia, instou-os a concentrarem-se nos seus problemas internos em vez da 'ameaça russa'.

A ONU declarou que a guerra na Ucrânia atingiu uma nova fase mais mortífera, com mais de 50.000 vítimas civis e um aumento acentuado de bombardeamentos a infraestruturas civis.

O alto comissário para os Direitos Humanos acusou a Rússia de violações sistemáticas dos direitos humanos nos territórios ocupados.

Apesar das acusações de uma campanha de desinformação e interferência por parte da Rússia, o partido pró-europeu PAS venceu as eleições legislativas na Moldova com maioria absoluta. O resultado foi saudado pelos líderes da UE como uma clara escolha do povo moldavo pelo seu futuro europeu e uma derrota para a influência de Moscovo.

A central nuclear de Zaporijia está desligada da rede elétrica há mais de uma semana, dependendo de geradores a diesel, o que a ONU e a UE consideram uma situação insustentável e perigosa. A Ucrânia acusa a Rússia de impedir reparações para tentar ligar a central à sua própria rede, enquanto Moscovo nega as acusações e culpa Kiev pelos ataques.

A Rússia está a intensificar a sua guerra híbrida na Europa através de uma 'frota fantasma' para contornar sanções e do recrutamento de células de sabotagem para atacar infraestruturas.

As autoridades europeias estão a tomar medidas para combater estas operações secretas, que representam uma ameaça direta à segurança do continente.

A UE está a considerar um plano para conceder um empréstimo de 140 mil milhões de euros à Ucrânia, utilizando como garantia os ativos russos congelados.

Apesar do forte apoio de alguns Estados-membros, a proposta enfrenta a oposição da Bélgica devido a preocupações legais e ao risco de desestabilização financeira, adiando uma decisão final.

Vladimir Putin advertiu Donald Trump que o fornecimento de mísseis Tomahawk à Ucrânia seria uma escalada significativa no conflito e prejudicaria as relações bilaterais. Embora tenha elogiado os esforços de paz de Trump, Putin deixou claro que o envio de armamento de longo alcance é uma linha vermelha para a Rússia.