Briefing: Notícias da Rússia

A violação do espaço aéreo polaco por 19 drones russos marcou uma escalada significativa, levando a Polónia a invocar o Artigo 4.º da NATO e a receber apoio militar aliado para abater os aparelhos.

O incidente gerou uma condenação internacional generalizada e um pedido de reunião do Conselho de Segurança da ONU, apesar de a Rússia negar qualquer intenção hostil.

Os exercícios militares conjuntos "Zapad-2025" entre a Rússia e a Bielorrússia, envolvendo 13.000 soldados e simulações de ataques nucleares com o míssil Oreshnik, elevaram a tensão na Europa.

Apesar de Moscovo afirmar que as manobras não visam nenhum país, os membros da NATO consideram-nas uma ameaça, especialmente devido à sua realização após a incursão de drones na Polónia.

Numa ação coordenada, a UE prepara o seu 19.º pacote de sanções visando o petróleo, os bancos e a "frota fantasma" da Rússia, enquanto o Reino Unido impõe mais de 100 novas sanções com alvos semelhantes e à cadeia de fornecimento militar.

O objetivo é intensificar a pressão económica sobre Moscovo para cortar o financiamento da guerra na Ucrânia.

A UE pretende eliminar a dependência energética da Rússia até 2027, impulsionada por um acordo comercial e pela pressão dos EUA para aumentar as importações de GNL americano.

O plano enfrenta, contudo, a oposição de países como a Hungria e a Eslováquia, que continuam a comprar energia russa e ameaçam vetar outras medidas contra Moscovo.

A Ucrânia executou um dos seus maiores ataques com drones contra a Rússia, com mais de 221 aparelhos numa só noite, visando cidades como Moscovo e São Petersburgo. A ofensiva concentrou-se em infraestruturas petrolíferas estratégicas, como o porto de Primorsk, numa tentativa de minar a economia de guerra russa.

Numa resposta diplomática unificada, mais de 20 países da UE, incluindo Portugal, França e Suécia, convocaram os representantes diplomáticos russos para protestar formalmente contra a incursão de drones na Polónia.

A ação foi descrita como uma advertência sancionatória, refletindo a gravidade com que a Europa encara a violação do espaço aéreo da NATO.

A Rússia está a preparar uma ofensiva massiva em Pokrovsk, concentrando até 150.000 soldados e veículos blindados que foram conservados durante meses.

Esta movimentação estratégica visa capturar um ponto crucial da defesa ucraniana em Donetsk, antecipando uma das batalhas mais decisivas e violentas da guerra.

Numa escalada sem precedentes, a Rússia executou o seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia, utilizando mais de 800 drones e mísseis.

Pela primeira vez, a sede do governo em Kiev foi atingida, resultando em mortes de civis e na condenação unânime dos líderes europeus, que viram a ação como um ataque direto aos esforços diplomáticos.

Vladimir Putin ameaçou atacar quaisquer tropas ocidentais enviadas para a Ucrânia, mesmo em missões de paz, classificando-as como "alvos legítimos". Esta declaração representa um sério revés para os planos de uma coligação europeia que discute garantias de segurança para Kiev, aumentando o risco de um conflito direto com a NATO e aprofundando as divisões entre os aliados ocidentais.

Volodymyr Zelensky rejeitou a proposta de Vladimir Putin para negociações de paz em Moscovo, considerando-a uma tática de adiamento e propondo, em alternativa, um encontro em Kiev. Esta troca de posições, juntamente com a declaração do Kremlin de que o diálogo está "em pausa", ilustra a profunda desconfiança e o impasse que impedem o avanço de uma solução diplomática para a guerra.