Briefing: Notícias da Rússia

A campanha sistemática de ataques russos contra a infraestrutura energética ucraniana marca uma fase crítica da guerra, visando criar severas dificuldades para a população e limitar a capacidade de defesa de Kiev antes do inverno. A resposta ucraniana centra-se em apelos desesperados por mais sistemas de defesa aérea para neutralizar esta ameaça crescente.

As crescentes incursões de drones, atribuídas à Rússia, são vistas pela liderança da UE como uma forma de guerra híbrida para desestabilizar o continente. A resposta europeia foca-se no reforço da defesa aérea coordenada e na atribuição de responsabilidades, enquanto a Rússia nega o seu envolvimento e acusa o Ocidente de escalada.

A ameaça de Donald Trump de expulsar Espanha da NATO, embora juridicamente inviável, evidencia as profundas divisões na aliança sobre os gastos com a defesa.

Enquanto Washington exige maiores contribuições financeiras, Madrid defende uma abordagem mais flexível, criando um ponto de atrito que pode ser explorado por adversários como a Rússia.

A proposta da UE para alavancar os ativos russos congelados para um empréstimo à Ucrânia é uma medida inovadora para financiar o esforço de guerra e reconstrução de Kiev.

No entanto, o plano enfrenta obstáculos jurídicos e preocupações sobre a estabilidade financeira, exigindo um consenso cuidadoso entre os Estados-membros.

O exercício anual "Steadfast Noon" da NATO sublinha a importância da dissuasão nuclear na estratégia de defesa da Aliança. Embora rotineiro, o exercício ganha um significado acrescido no atual clima de segurança, servindo como uma demonstração de coesão e capacidade de resposta face à retórica e ações da Rússia.

As alegações de que a Hungria montou uma operação de espionagem para se infiltrar nas instituições da UE geraram um alarme em Bruxelas.

O caso, que está a ser investigado pela Comissão Europeia, expõe as vulnerabilidades do bloco a influências internas hostis, especialmente de governos com afinidades com adversários externos como a Rússia.

A nova ofensiva ucraniana contra a infraestrutura energética russa, possibilitada pelo desenvolvimento de armas de longo alcance, representa uma mudança estratégica significativa na guerra. Ao atingir a retaguarda económica da Rússia, Kiev procura não só perturbar a máquina de guerra do Kremlin, mas também aumentar a pressão interna sobre o regime de Putin.

A iniciativa pessoal de Melania Trump de dialogar com Vladimir Putin sobre as crianças ucranianas deportadas abriu um canal humanitário único, resultando no regresso de um pequeno número de menores. A ação destaca a gravidade da questão das deportações forçadas, consideradas um crime de guerra, e insere um elemento diplomático pouco convencional no conflito.

As declarações de Vladimir Putin sobre os ganhos territoriais na Ucrânia fazem parte de um esforço de propaganda para demonstrar o sucesso da ofensiva russa e manter o apoio interno.

Embora as forças russas mantenham a iniciativa em várias frentes, as reivindicações contrastam com a lenta progressão e as elevadas baixas do exército russo.

A proposta de limitar a mobilidade dos diplomatas russos na UE é uma resposta direta às suspeitas de que as missões diplomáticas são usadas para atividades hostis.

Se aprovada, a medida representará um aperto significativo nas sanções diplomáticas contra o Kremlin, embora a sua implementação dependa da unanimidade e da vontade política de cada Estado-membro.