Briefing: Crise humanitária em Gaza

O plano aprovado por Netanyahu visa ocupar a Cidade de Gaza para desmantelar o Hamas e libertar reféns, estabelecendo controlo de segurança israelita. A estratégia enfrenta forte condenação internacional e oposição interna, incluindo de líderes militares, devido aos riscos humanitários e ao perigo que representa para os reféns restantes.

O plano israelita para a Cidade de Gaza foi recebido com condenação internacional generalizada. Nações como Portugal, Alemanha e Brasil, juntamente com a UE, rejeitaram a medida, com algumas a suspenderem a venda de armas e a alertarem para consequências diplomáticas devido aos graves riscos humanitários.

A situação humanitária em Gaza é catastrófica, com 100 crianças a morrerem de desnutrição.

A ajuda é insuficiente, os pontos de distribuição são perigosos e o sistema de saúde colapsou, levando ao que as organizações internacionais descrevem como um desastre humanitário deliberado.

As famílias dos reféns em Israel convocaram uma greve geral, condenando o plano de ocupação de Gaza de Netanyahu como uma sentença de morte para os cativos restantes.

Esta oposição interna, apoiada por figuras políticas como Yair Lapid, evidencia as profundas divisões sociais sobre a continuação da guerra.

Em resposta ao plano de Israel para ocupar a Cidade de Gaza, o Conselho de Segurança da ONU agendou uma reunião de emergência.

A sessão, impulsionada por múltiplos estados-membros, reflete o alarme global sobre o que o Secretário-Geral Guterres classificou como uma "escalada perigosa".

O Hamas manifestou disponibilidade para um acordo de libertação total de reféns em troca do fim da guerra, enquanto, em simultâneo, condenou o plano de ocupação de Israel como um "crime de guerra" que sabotaria as negociações e sacrificaria os cativos por objetivos políticos de Netanyahu.

A morte do futebolista Suleiman al-Obeid, alegadamente por disparos israelitas, gerou controvérsia. A estrela do Liverpool, Mohamed Salah, criticou publicamente a UEFA pela sua homenagem, que omitiu a causa da morte, questionando o silêncio da organização sobre as circunstâncias da morte do 'Pelé palestiniano'.

O sistema de saúde em Gaza colapsou totalmente, segundo médicos no terreno.

Relatam uma ausência total de recursos, o que os força a racionar cuidados básicos, enquanto enfrentam exaustão, ataques a instalações e a detenção e alegada tortura massiva de pessoal médico.

Protestos globais em cidades como Londres, Porto e Santiago exigiram o fim da guerra em Gaza.

Enquanto muitas manifestações foram apelos pacíficos contra o "genocídio", a de Londres resultou em centenas de detenções após a proibição do grupo ativista Palestine Action pelo Reino Unido.

A Autoridade Palestiniana condenou o plano de ocupação de Israel como um "crime absoluto" e a continuação de um "genocídio".

Apelou a uma intervenção internacional e posicionou-se como a única entidade legítima para governar Gaza no pós-guerra, rejeitando frontalmente a proposta israelita.