Briefing: Conflitos, guerras e tensões

Os esforços diplomáticos liderados pelos EUA encontram-se num ponto crítico, com Washington a expressar um otimismo cauteloso enquanto restringe certas ações militares ucranianas para incentivar as negociações.

A Rússia acusa o Ocidente de obstrução, enquanto a Ucrânia mantém a sua firme posição contra concessões territoriais, apoiada por nova ajuda militar de aliados como o Canadá e a Suécia, e pelo apoio político de Portugal.

A ONU declarou oficialmente fome em Gaza, onde mais de meio milhão de pessoas enfrentam condições catastróficas e o número de mortos se aproxima de 63.000.

Israel nega a crise, atribuindo-a à propaganda do Hamas, enquanto a pressão internacional e os protestos internos aumentam, exigindo um cessar-fogo e a entrada de ajuda humanitária sem restrições.

Israel retaliou diretamente contra os ataques Houthi com bombardeamentos na capital do Iémen, visando infraestruturas estratégicas.

O movimento Houthi, por sua vez, prometeu continuar e ampliar as suas operações contra Israel, enquadrando as suas ações no apoio à causa palestiniana e mantendo a região num estado de elevada tensão.

O Irão rejeita firmemente a submissão aos EUA, descartando negociações diretas enquanto a hostilidade persistir.

A tensão é amplificada por purgas na administração Trump, nomeadamente a demissão do chefe da inteligência do Pentágono, cujos relatórios sobre a eficácia limitada dos ataques dos EUA ao Irão contradizem a versão oficial da Casa Branca, revelando profundas divisões internas na política externa norte-americana.

A Coreia do Norte elevou a tensão ao testar novos mísseis de defesa aérea durante os exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul.

Simultaneamente, acusou Seul de "grave provocação" por disparos de aviso na fronteira, num contexto de crescente hostilidade e ausência de diálogo.

A intenção de Donald Trump de enviar a Guarda Nacional para Chicago e Nova Iorque, replicando ações em Washington e Los Angeles, agrava a polarização política nos EUA.

A administração justifica a medida com o combate ao crime, mas as autoridades locais democratas denunciam uma manobra de propaganda autoritária, aprofundando o conflito entre o poder federal e as grandes cidades.

A Venezuela respondeu ao envio de navios militares dos EUA para o Caribe com a mobilização de milhões de milicianos, acusando Washington de planear um "golpe terrorista". A Rússia alinhou-se com Caracas, expressando solidariedade e opondo-se à "pressão externa", consolidando um foco de tensão geopolítica na América do Sul.

A utilização de hotéis para alojar requerentes de asilo está a gerar forte tensão social no Reino Unido, com protestos anti-imigração e contra-manifestações a ocorrerem em várias cidades. A polarização é alimentada por figuras como Nigel Farage e reflete um profundo descontentamento com as políticas de imigração, colocando pressão sobre o governo para encontrar soluções alternativas.

A Colômbia vive uma grave crise de segurança, com ataques de dissidentes das FARC a causarem dezenas de mortos e a desafiarem o Estado. A violência transborda para a arena política, com o pai de um senador assassinado a assumir o seu lugar na corrida presidencial, num cenário de negociações de paz fracassadas e crescente instabilidade.

A China reiterou a sua firme oposição ao "separatismo" de Taiwan, aproveitando um evento político interno na ilha para declarar o movimento "condenado ao fracasso". A tensão ocorre enquanto Taiwan debate a sua segurança energética, considerando reativar a energia nuclear como uma salvaguarda contra a ameaça de um bloqueio por parte de Pequim.