Briefing: Conflitos, guerras e tensões

O plano de Israel para ocupar a Cidade de Gaza isolou o governo de Netanyahu, provocando a suspensão de apoio militar por parte de aliados europeus e unindo a oposição interna e as famílias dos reféns contra a medida. A comunidade internacional e o Hamas alertam para as consequências catastróficas para os civis e para o destino dos reféns, aumentando a pressão por um cessar-fogo imediato.

A iminente cimeira Trump-Putin representa um momento crucial, com potencial para redefinir o conflito ucraniano.

Enquanto os EUA exercem pressão económica, a Europa mostra-se apreensiva por ser marginalizada e a Ucrânia luta por um papel central nas negociações, temendo um acordo bilateral que ignore os seus interesses.

A política de "tarifas recíprocas" de Trump está a remodelar as alianças económicas globais, provocando reações firmes da Índia e negociações tensas com aliados como o Japão e a UE.

Embora a Casa Branca projecte receitas significativas, a estratégia gera incerteza e críticas internacionais, com a ONU a alertar para as consequências de uma guerra comercial.

A escalada retórica e financeira dos EUA contra Nicolás Maduro, acusando-o de liderar um narco-estado, intensifica a crise diplomática.

Enquanto Washington aumenta a pressão externa, o governo venezuelano desvaloriza as acusações como propaganda e intensifica a repressão interna, alegando tentativas de desestabilização apoiadas por forças externas.

A cimeira de paz entre a Arménia e o Azerbaijão, mediada pelos EUA, representa um marco geopolítico significativo para o Cáucaso.

Se bem-sucedido, o acordo poderá estabilizar uma região historicamente volátil, ao mesmo tempo que reconfigura as influências regionais da Rússia, Turquia e Irão, e reforça o legado diplomático de Donald Trump.

A decisão do Líbano de desarmar o Hezbollah marca um ponto de viragem crítico, alinhando o governo com as potências ocidentais mas arriscando uma grave crise interna. A medida testa a soberania do Estado libanês face a um dos mais poderosos atores não-estatais da região, num cenário de alta tensão com Israel e de divisões políticas profundas.

O início das deportações para França marca uma viragem na política migratória do Reino Unido, substituindo o controverso plano do Ruanda por uma cooperação bilateral com Paris.

A eficácia desta nova estratégia para dissuadir as travessias do Canal da Mancha e a sua legalidade serão testadas nos próximos meses, num contexto de crescente pressão migratória e debate político intenso.

A criação de uma base de dados para a adoção de crianças ucranianas com filtros por características físicas agrava as acusações de crimes de guerra contra a Rússia. A medida é vista por Kiev e por ONGs como uma forma de "russificação" forçada e tráfico infantil, enquanto Moscovo alega razões humanitárias, aprofundando a tensão e as violações de direitos humanos no conflito.

O acordo para manter o cessar-fogo entre a Tailândia e o Camboja, apoiado por potências regionais e internacionais, representa um passo crucial para a desescalada de um conflito fronteiriço mortífero.

A manutenção do diálogo será fundamental para resolver a disputa histórica e garantir a estabilidade numa região sensível do Sudeste Asiático.

A exigência de demissão do CEO da Intel por parte de Donald Trump, baseada em suspeitas de ligações à China, intensifica a guerra tecnológica e comercial entre Washington e Pequim.

O caso coloca a gigante dos semicondutores no centro de uma disputa geopolítica, evidenciando como a segurança nacional e os interesses económicos se tornaram indissociáveis nas relações entre as duas maiores potências mundiais.