Briefing: Empresas na bolsa

A Mota-Engil apresentou resultados semestrais robustos que, paradoxalmente, coincidiram com uma semana de elevada volatilidade e quedas expressivas nas suas ações.

Apesar disso, a empresa mantém-se como a principal impulsionadora do mercado acionista português em 2025, com ganhos anuais excecionais.

A Nvidia confirmou o seu crescimento exponencial com lucros expressivos, mas não conseguiu satisfazer plenamente as elevadas expectativas do mercado em relação às vendas.

O episódio demonstrou a sua importância como barómetro do setor tecnológico e a volatilidade inerente a uma empresa no centro da revolução da IA.

A forte dependência do mercado norte-americano tornou o grupo EDP vulnerável a decisões políticas e regulatórias.

A interrupção de um projeto eólico nos EUA serviu como um catalisador negativo, gerando volatilidade e perdas significativas para as ações da EDP e EDPR na última semana.

A isenção de tarifas alfandegárias nos EUA foi um catalisador crucial para a recuperação das ações da Corticeira Amorim, revertendo a tendência de queda do último mês e sublinhando o impacto direto das relações comerciais internacionais no desempenho bolsista.

A decisão operacional de suspender os envios para os EUA teve um impacto negativo e direto na cotação dos CTT, demonstrando a sensibilidade do mercado a interrupções em rotas comerciais chave e ofuscando outras notícias favoráveis à empresa.

A semana negativa do BCP, marcada por quedas sucessivas, ilustra a sua vulnerabilidade a fatores macroeconómicos e políticos europeus.

Este desempenho representa uma pausa na sua trajetória de forte valorização anual, servindo como um lembrete da interconexão dos mercados financeiros.

A valorização das ações da Nos em agosto foi impulsionada pela narrativa de uma inevitável consolidação no setor das telecomunicações.

As declarações do seu CEO alimentaram a especulação do mercado, posicionando a empresa como um potencial beneficiário de futuros movimentos estratégicos.

Navigator e Altri registaram um mês de agosto forte, com ganhos significativos que, no entanto, não foram suficientes para reverter as perdas anuais.

A volatilidade observada na última semana sugere que o caminho para uma recuperação sustentada no setor do papel permanece incerto.

A Jerónimo Martins teve um desempenho semanal e mensal volátil e ligeiramente negativo, sem um catalisador noticioso claro.

O comportamento das suas ações reflete a dinâmica de mercado de um título de elevada capitalização, cujas flutuações influenciam significativamente o índice de referência nacional.

A Sonae destaca-se não por eventos da última semana, mas pelo seu desempenho robusto e sustentado ao longo de 2025. A sua valorização de 47% é um dos pilares que sustentam o ano notável da bolsa de Lisboa, refletindo o sucesso da empresa e o otimismo do mercado.