Briefing: Tarifas e guerra comercial

As tarifas impostas pelos EUA criaram um clima de incerteza generalizada, afetando negativamente setores-chave como o automóvel, têxtil e vitivinícola em Portugal e na Europa. A principal consequência é a perda de competitividade e a necessidade de as empresas reavaliarem as suas estratégias de exportação e cadeias de abastecimento para mitigar os riscos associados ao protecionismo.

O Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, considera que o acordo entre os EUA e a UE, embora imperfeito, trouxe a estabilidade necessária para superar o pior impacto das tarifas.

A sua perspetiva, apoiada na retoma das exportações, sugere que a economia está a adaptar-se, permitindo ao governo focar-se em outros desafios estratégicos como a defesa europeia.

A indústria automóvel europeia contesta as metas de eletrificação da UE para 2035, argumentando que estas favorecem a concorrência chinesa e são economicamente insustentáveis.

Líderes de gigantes como Stellantis e Renault pedem maior flexibilidade regulatória para não comprometer a competitividade de um setor vital para a economia do continente.

O acordo entre a China e os EUA para suspender taxas portuárias e restrições à exportação de metais raros marca uma trégua na guerra comercial.

Esta decisão, resultante de negociações ao mais alto nível, oferece um alívio temporário a setores estratégicos e aos mercados financeiros, embora a rivalidade económica estrutural entre as duas potências permaneça.