Briefing: Tarifas e guerra comercial

Perante a pressão da indústria e a concorrência global, a UE avança com um plano para aumentar as tarifas sobre o aço importado.

A medida visa proteger a produção europeia do excesso de capacidade chinês e das taxas norte-americanas, mas acarreta o risco de encarecer produtos essenciais para os consumidores.

Os EUA vão implementar, a partir de meados de outubro, novas tarifas sobre madeira e mobiliário importados, com taxas que podem chegar aos 50%.

A medida, justificada com base na segurança nacional, representa mais um passo na política comercial protecionista da administração Trump.

A imposição de tarifas de 100% sobre medicamentos e 25% sobre camiões pesados pelos EUA gerou reações mistas.

A indústria automóvel europeia enfrenta mais um desafio, enquanto o setor farmacêutico antecipa a possibilidade de negociar isenções, à semelhança do acordo da Pfizer, o que impulsionou as suas ações.

A UE aumentou drasticamente as tarifas sobre veículos elétricos fabricados na China para proteger os seus construtores.

A medida afeta uma vasta gama de marcas, incluindo europeias, mas a determinação de alguns fabricantes chineses em prosseguir com os seus planos de expansão levanta questões sobre a eficácia a longo prazo desta barreira comercial.

A Comissão Europeia exige o fim do desconto no ISP em Portugal, classificando-o como um subsídio prejudicial.

O Governo português reconhece a necessidade de agir, mas pretende uma retirada gradual para evitar um choque nos preços para os consumidores, num impasse que evidencia a tensão entre as metas ambientais europeias e as realidades económicas nacionais.

A economia da zona euro superou as expectativas ao resistir às tarifas norte-americanas, segundo Christine Lagarde.

A estratégia de não retaliação, a força do euro e um acordo comercial parcial foram cruciais para limitar os danos, demonstrando que uma resposta ponderada pode ser mais eficaz do que uma guerra comercial total.

Para além do seu impacto direto em setores específicos, as tarifas tornaram-se um fator de risco sistémico na economia global.

A imprevisibilidade gerada pelas políticas comerciais força as empresas a adotarem modelos de negócio mais resilientes e flexíveis, transformando a gestão de risco numa prioridade estratégica.

As políticas tarifárias são um fator determinante para o comportamento dos mercados financeiros.

As reações dos investidores variam entre a procura de segurança no ouro em tempos de incerteza generalizada e a aposta em setores específicos que possam sair beneficiados de acordos comerciais, ilustrando o impacto direto e multifacetado da política comercial nos preços dos ativos.