Briefing: Tarifas e guerra comercial

O conflito comercial entre os EUA e a China, marcado pelas ameaças tarifárias de Donald Trump e pelas respostas de Pequim, criou um ciclo de incerteza que impactou negativamente os mercados financeiros globais.

A volatilidade demonstrou a sensibilidade dos investidores a uma guerra comercial prolongada, enquanto a posterior moderação no discurso de Trump foi vista como uma tática negocial, evidenciando a fragilidade do atual equilíbrio económico.

A proposta da Comissão Europeia para aumentar as tarifas sobre o aço e limitar as importações foi recebida com forte oposição das indústrias automóvel, metalúrgica e siderúrgica do Reino Unido.

Os setores alertam que, em vez de proteger a indústria europeia, a medida irá aumentar os custos de produção, reduzir a competitividade global e colocar em risco milhares de empregos, contrariando o objetivo de reindustrialização.

As tarifas norte-americanas estão a forçar as empresas europeias a reavaliar as suas estratégias.

O setor automóvel enfrenta impactos financeiros diretos e quebras de vendas, enquanto a indústria têxtil demonstra uma resposta mista, com algumas empresas a absorverem os custos para manter a presença no mercado e outras a mostrarem-se resilientes, evidenciando um ambiente comercial complexo e desafiador.

As tarifas da União Europeia sobre os veículos elétricos chineses representam uma barreira comercial significativa que está a incentivar os fabricantes chineses, como a BYD, a investir em produção local na Europa.

Esta estratégia permite-lhes contornar as taxas de importação, ao mesmo tempo que intensifica a concorrência direta com os fabricantes europeus no seu próprio território.