Briefing: Tarifas e guerra comercial

A nova política tarifária dos EUA sobre madeira e mobiliário, baseada em preocupações de segurança nacional, introduz taxas que podem chegar a 50%.

A medida visa proteger a indústria interna, mas arrisca-se a perturbar as cadeias de abastecimento e a aumentar os custos para os consumidores.

A imposição de tarifas de 100% sobre medicamentos pelos EUA levou a Pfizer a negociar um acordo de redução de preços por isenção, gerando otimismo e valorização bolsista no setor farmacêutico europeu, que antecipa acordos semelhantes.

A Comissão Europeia exige o fim do desconto no ISP em Portugal, classificando-o como um subsídio a combustíveis fósseis.

O governo português concorda em princípio, mas planeia uma remoção gradual para evitar um choque nos preços, apesar dos alertas sobre o aumento da disparidade de preços com Espanha.

As novas tarifas da UE sobre veículos elétricos da China visam proteger o mercado europeu, mas afetam uma vasta gama de fabricantes, incluindo marcas ocidentais.

A medida está a forçar uma reconfiguração das estratégias de produção e expansão global, com as empresas chinesas a diversificarem mercados e motorizações.

As tarifas comerciais, especialmente as dos EUA, criam um ambiente de incerteza para as empresas e consumidores a nível global.

No entanto, esta conjuntura também é vista como uma oportunidade estratégica para a Europa reforçar a sua competitividade face à China, com a sua economia a mostrar-se mais resiliente do que o previsto.

A China vai exigir licenças de exportação para veículos elétricos a partir de 2026, uma medida que visa controlar a qualidade, melhorar o serviço pós-venda e gerir a expansão global do setor.

A nova regra afetará tanto os fabricantes chineses como as marcas ocidentais que produzem no país.