Briefing: Últimas sobre cibersegurança

O panorama do ransomware em 2025 é caracterizado por uma sofisticação tática crescente, com o uso de serviços de ofuscação, e por uma estratégia de ataque oportunista. Os cibercriminosos visam setores de alto valor como a indústria de fabrico e exploram períodos de vulnerabilidade organizacional, como feriados e fusões, para maximizar o impacto financeiro e operacional.

A nova legislação de cibersegurança de Portugal, impulsionada pela diretiva NIS2, eleva significativamente o padrão de segurança, tornando a prevenção obrigatória para mais entidades e responsabilizando diretamente os seus gestores. Simultaneamente, o país promove um ambiente de segurança colaborativo ao oferecer proteção legal a hackers éticos que atuem de boa-fé.

A exigência do governo indiano para a pré-instalação de uma aplicação de segurança em todos os smartphones gerou um impasse com a Apple, que se recusa a cumprir a medida. O conflito levanta questões fundamentais sobre privacidade, segurança de dados e o equilíbrio de poder entre governos nacionais e gigantes tecnológicos globais.

As principais agências de cibersegurança mundiais aconselham prudência na adoção de IA em ambientes de OT, sublinhando os riscos de segurança associados a uma tecnologia ainda em maturação. A recomendação central é a realização de avaliações de risco aprofundadas para garantir que a modernização de infraestruturas críticas não introduz novas e perigosas vulnerabilidades.

A procura por uma soberania digital efetiva está a moldar o mercado de cloud na Europa.

As preocupações com a jurisdição de dados e a interferência de legislação estrangeira levam as organizações mais sensíveis ao risco a privilegiar fornecedores europeus, que garantem um controlo jurídico e operacional total sobre a informação.

As recentes falhas nos serviços da Cloudflare demonstraram a vulnerabilidade de uma Internet excessivamente dependente de um pequeno número de fornecedores de infraestrutura. Os incidentes, que afetaram milhões de utilizadores e serviços em todo o mundo, destacam a necessidade urgente de as organizações investirem em maior resiliência e diversificação tecnológica.

Enquanto os cibercriminosos refinam as suas campanhas de phishing, utilizando marcas famosas e serviços legítimos para aumentar a sua credibilidade, a Google contra-ataca com ferramentas de IA integradas nos seus serviços de pesquisa visual.

Esta corrida tecnológica sublinha a importância da vigilância constante por parte dos utilizadores e da inovação contínua nas plataformas de segurança.

A segurança dos sistemas de identidade é um pilar fundamental da cibersegurança empresarial. A análise de incidentes e os relatórios de ameaças demonstram que a ausência de controlos robustos de identidade e a falta de planeamento para a sua recuperação rápida são vulnerabilidades críticas que os atacantes exploram ativamente para paralisar as organizações.

A exploração ativa de vulnerabilidades críticas como a React2Shell e as falhas em VPNs da Array Networks evidencia um ciclo de ameaça acelerado. A exposição de dezenas de milhares de sistemas sublinha a necessidade urgente de as organizações implementarem processos de atualização rigorosos e uma postura de segurança proativa para mitigar riscos de intrusão.

A era da IA está a redefinir o papel do CIO, que assume uma função cada vez mais estratégica na liderança da transformação digital.

A sua agenda é agora dominada pela necessidade de escalar a IA de forma segura, gerir novos riscos como a ameaça quântica e desenvolver competências de liderança para guiar a organização através de mudanças tecnológicas profundas.