Briefing: Últimas sobre cibersegurança

A falha global nos serviços Azure da Microsoft, causada por uma alteração de configuração, demonstrou a vulnerabilidade das infraestruturas digitais centralizadas.

O incidente afetou inúmeros serviços internos e de terceiros, sublinhando a dependência generalizada da tecnologia cloud e os riscos sistémicos associados a erros operacionais em grande escala.

A recente falha global da AWS, originada por um bug no sistema DynamoDB, paralisou múltiplos serviços online e expôs os riscos da automação excessiva em infraestruturas críticas.

O incidente, que exigiu uma longa intervenção manual, levanta questões sobre o impacto da redução de pessoal especializado e a necessidade de manter a supervisão humana em sistemas complexos.

A recente campanha do grupo Lazarus contra empresas europeias de drones evidencia uma mudança estratégica da Coreia do Norte, da cibercriminalidade financeira para a espionagem militar.

Ao visar tecnologia usada na Ucrânia, o ataque sublinha a crescente intersecção entre ciberataques e conflitos geopolíticos, com o roubo de propriedade intelectual a tornar-se uma arma estratégica.

A exposição de 183 milhões de credenciais de contas Gmail, provenientes de malware do tipo "infostealer", realça a vulnerabilidade dos utilizadores a ataques individuais, mesmo na ausência de uma falha de segurança nos servidores da Google. Embora a empresa tenha negado uma violação direta, o incidente sublinha a importância crítica de práticas como o uso de senhas únicas e a autenticação de dois fatores para mitigar os riscos de roubo de dados.

Uma vulnerabilidade crítica de execução remota de código no Windows Server Update Service (WSUS) está a ser ativamente explorada, forçando a Microsoft a lançar uma atualização de emergência. A falha permite que atacantes executem código malicioso em servidores empresariais, sublinhando a urgência da aplicação imediata de correções para prevenir ataques em infraestruturas críticas de TI.

A NOS está a testar uma solução inovadora que une IA e blockchain para verificar a autenticidade de conteúdos e detetar manipulações, incluindo vozes clonadas.

Esta tecnologia representa um passo importante no combate à desinformação, procurando restaurar a confiança digital através da validação automatizada da integridade da informação.

A Comissão Europeia acusou formalmente a Meta e o TikTok de incumprimento da Lei dos Serviços Digitais por falta de transparência nos seus sistemas de publicidade.

Esta ação regulatória sublinha a determinação de Bruxelas em fiscalizar as grandes tecnológicas e pode resultar em multas milionárias, estabelecendo um precedente importante para a governação digital na UE.

A parceria entre a OpenAI e o PayPal para integrar pagamentos no ChatGPT representa uma evolução fundamental no comércio digital.

Ao transformar o chatbot num assistente de compras, a iniciativa não só simplifica a experiência do utilizador, mas também abre um novo canal de vendas para os comerciantes, consolidando o papel da IA no futuro do e-commerce.

A criação do Centro de Competências de Cibersegurança da Região Centro, com financiamento do PRR, representa um passo estratégico para fortalecer a resiliência digital de PMEs e entidades públicas. Liderado por um consórcio de universidades e institutos tecnológicos, o centro visa capacitar a região contra ameaças cibernéticas, alinhando-se com a estratégia nacional de cibersegurança.

Contrariando a perceção popular, um estudo da YouGov e Google sugere que o Android oferece uma proteção mais eficaz contra mensagens fraudulentas do que o iOS. Os dados indicam que os utilizadores de Android recebem menos mensagens de burla e confiam mais nas ferramentas de segurança do seu sistema, abrindo um novo capítulo no debate sobre a segurança dos sistemas operativos móveis.