Briefing: União Europeia

O acordo comercial com os EUA, aceite pela UE para evitar uma guerra tarifária, revelou fraturas internas e uma posição de submissão estratégica, gerando críticas sobre a perda de soberania e a falta de uma resposta unida e robusta por parte do bloco.

A hesitação e a falta de unidade da UE em aplicar sanções a Israel pela sua conduta na guerra em Gaza estão a corroer a sua credibilidade diplomática e a expor profundas divisões internas sobre a política externa no Médio Oriente.

A intenção de Portugal e de outros países ocidentais de reconhecerem o Estado da Palestina representa uma mudança diplomática significativa, vista como um passo crucial para a paz, mas criticada por Israel como uma legitimação do Hamas.

A adesão de vários países europeus a uma iniciativa da NATO para financiar a compra de armas americanas para a Ucrânia demonstra um compromisso reforçado para com a defesa de Kiev e uma nova dinâmica de partilha de encargos dentro da aliança.

O segundo mandato de Ursula von der Leyen é visto como uma viragem política, com uma liderança mais centralizada e pragmática que gera controvérsia, especialmente após o acordo comercial com os EUA, levantando dúvidas sobre a direção estratégica e a autonomia da União Europeia.

O incumprimento de prazos por parte de vários países da UE para criar autoridades de supervisão da IA, juntamente com o uso de IA por líderes políticos, levanta sérias preocupações sobre a capacidade do bloco para implementar e fiscalizar a sua própria legislação pioneira.

A não ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil durante os incêndios em Portugal gerou um debate político sobre a suficiência dos meios nacionais, opondo a prudência do Governo e do Presidente à urgência expressa pela oposição e por comandantes no terreno.

A detenção do cidadão português Au Kam San em Macau gerou uma crise diplomática, com a UE a condenar o ato como uma erosão das liberdades e a China a rejeitar firmemente qualquer interferência externa, evidenciando as crescentes tensões sobre o princípio 'um país, dois sistemas'.

A proposta de orçamento da UE para 2028-2034 enfrenta críticas de líderes municipais e de Estados-membros como Portugal, que alertam para o risco de centralização, a marginalização das cidades e perdas de receita fiscal, ameaçando os princípios de coesão.

Portugal avança com a implementação da Lei dos Serviços Digitais da UE, designando a ANACOM como a entidade supervisora para combater conteúdos ilegais e regular as plataformas digitais, respondendo a preocupações crescentes sobre desinformação e discurso de ódio online.