Briefing: União Europeia

A incursão de drones russos em território da NATO na Polónia e na Roménia elevou significativamente a tensão na Europa. A resposta militar e diplomática coordenada, incluindo a ativação do Artigo 4.º e o reforço da vigilância aérea, demonstrou a solidariedade da aliança, ao mesmo tempo que sublinhou o risco real de uma escalada do conflito na Ucrânia.

A União Europeia avança com o seu 19.º pacote de sanções para debilitar a capacidade da Rússia de financiar a guerra, focando-se em setores estratégicos como energia e finanças. Apesar de um adiamento, a coordenação com os EUA e a determinação em cortar as receitas dos combustíveis fósseis russos permanecem no centro da estratégia de pressão económica do bloco.

A divergência entre a UE e os EUA sobre como pressionar a Rússia é cada vez mais evidente.

Enquanto Trump exige um boicote total ao petróleo russo, a UE enfrenta divisões internas e a chefe da sua diplomacia acusa Washington de ineficácia, revelando uma descoordenação estratégica no seio da aliança ocidental.

A UE está a mover-se para usar a sua alavancagem económica como ferramenta diplomática no conflito israelo-palestiniano.

A proposta de suspender parcialmente o acordo comercial com Israel, apoiada pela Comissão e pelo Parlamento, sinaliza uma postura mais assertiva do bloco, procurando impor custos financeiros a Telavive para travar a ofensiva em Gaza.

O verão de 2025 deixou um rasto de mortalidade sem precedentes na Europa, com 16.500 vidas perdidas devido ao calor extremo intensificado pelas alterações climáticas.

O estudo sublinha a ligação direta entre o uso de combustíveis fósseis e a crise de saúde pública, apelando a uma transição energética urgente para evitar futuras tragédias.

O verão de 2025 demonstrou o elevado custo económico dos eventos climáticos extremos na Europa, com perdas imediatas de 43 mil milhões de euros.

O estudo alerta que este é apenas o início, com custos projetados para aumentar drasticamente, pressionando a UE a reforçar as suas políticas de adaptação e mitigação climática.

O alerta de Mario Draghi sobre a perda de competitividade da UE ecoou em Bruxelas, com o ex-presidente do BCE a criticar a falta de progresso e a lentidão do bloco.

A sua chamada por uma ação conjunta, rápida e focada visa combater a "frustração crescente" e evitar que a Europa se torne economicamente irrelevante.

A introdução do Sistema de Entrada/Saída (EES) representa uma modernização significativa na gestão das fronteiras do espaço Schengen.

Ao digitalizar e centralizar o controlo de cidadãos de países terceiros através de dados biométricos, a UE pretende aumentar a eficiência e a segurança, combatendo a imigração irregular e ameaças transfronteiriças.

A visita de Wang Yi à Europa Central e de Leste reflete o esforço da China para se posicionar como um parceiro cooperante da UE, em contraponto às tensões com os EUA. No entanto, a ambiguidade de Pequim em relação à agressão russa na Ucrânia continua a ser um ponto central de discórdia, com os líderes europeus a pressionarem a China para que assuma um papel mais construtivo na busca pela paz.

A apresentação de moções de censura pela extrema-direita e pela esquerda contra Ursula von der Leyen evidencia a fratura política no Parlamento Europeu.

Embora seja improvável que as moções tenham sucesso, servem como uma forte repreensão à liderança da Comissão, criticada por falta de transparência, políticas comerciais controversas e uma resposta considerada inadequada à crise em Gaza.