Briefing: União Europeia

O acordo comercial entre a UE e os EUA estabelece um novo, embora contencioso, quadro pautal de 15%, proporcionando alguma previsibilidade mas deixando desprotegidos setores-chave como o vinícola e gerando fortes críticas sobre as concessões feitas pela Europa.

A cimeira em Washington evidenciou o papel secundário da UE nas negociações de paz, com os líderes europeus a tentarem influenciar o processo liderado pelos EUA, mas a revelarem uma dependência estratégica e a falta de uma política externa autónoma.

A UE está a estruturar um plano de garantias de segurança para a Ucrânia, que poderá incluir o envio de tropas europeias, mas o modelo final depende de um complexo equilíbrio entre as exigências de Kiev, a relutância dos EUA em intervir diretamente e a forte oposição da Rússia.

O ano de 2025 marca um recorde devastador de incêndios na UE, evidenciando os impactos da crise climática. A resposta coordenada através do Mecanismo de Proteção Civil da UE, com múltiplos países a enviarem ajuda, sublinha a importância da solidariedade europeia para enfrentar catástrofes de grande escala.

A UE continua a ser o pilar do apoio internacional à Ucrânia, com um fluxo constante de ajuda financeira para a reconstrução e a preparação de novas sanções contra a Rússia, apesar do debate sobre a partilha de encargos com os EUA e o impacto económico no bloco.

O futuro do acordo nuclear iraniano está em risco, com a UE (através da E3) e o Irão em posições opostas sobre a reativação de sanções.

A diplomacia enfrenta um teste crucial para evitar uma escalada, enquanto a Rússia apoia a posição de Teerão.

A sabotagem do oleoduto Druzhba pela Ucrânia acentuou as fissuras na unidade da UE, opondo a segurança energética da Hungria e da Eslováquia à estratégia de guerra de Kiev, e evidenciando a contínua dependência de alguns Estados-membros do petróleo russo.

O bloqueio da Hungria à adesão da Ucrânia à UE representa um desafio significativo à unidade e à política de alargamento do bloco, forçando Kiev a procurar mediação externa, nomeadamente junto dos EUA, para superar a oposição de um Estado-membro.

A análise da Greenpeace expõe uma contradição na política de transportes da UE, onde os incentivos fiscais favorecem o transporte aéreo, mais poluente, em detrimento do ferroviário, minando os objetivos climáticos do bloco e perpetuando um "sistema de viagens falido".

O ECDC emitiu um alerta sério sobre o aumento de doenças transmitidas por mosquitos na Europa, impulsionado pelas alterações climáticas.

Este "novo normal" exige uma resposta de saúde pública robusta e coordenada por parte dos Estados-membros para mitigar os riscos crescentes para a população.