Briefing: União Europeia

A vitória do partido pró-europeu PAS nas eleições legislativas da Moldova, com maioria absoluta, representa um passo decisivo na aproximação do país à União Europeia. Apesar das denúncias de uma campanha de desinformação e interferência por parte da Rússia, os eleitores moldavos escolheram um "futuro europeu", um resultado celebrado pelos líderes da UE, que reiteraram o seu apoio ao processo de adesão do país.

A União Europeia e a NATO enfrentam uma série de provocações russas através de incursões de drones e caças no espaço aéreo europeu, classificadas como "guerra híbrida". Em resposta, a UE está a desenvolver um "muro de drones" para reforçar a defesa do seu flanco oriental, enquanto a Alemanha autorizou o abate de drones hostis, sinalizando uma postura de defesa mais robusta perante a crescente ameaça.

A Alemanha está a implementar uma mudança significativa na sua política de defesa, autorizando o abate de drones hostis e preparando o regresso do serviço militar obrigatório para reforçar as suas Forças Armadas. Com um aumento histórico no orçamento de defesa, Berlim posiciona-se para liderar a resposta europeia às ameaças de segurança, nomeadamente da Rússia.

A construção da megafábrica de baterias da CATL em Espanha, com o envio de dois mil trabalhadores chineses, evidencia o dilema europeu entre a necessidade de acelerar a transição energética e o risco de aprofundar a dependência tecnológica e industrial da China.

O projeto é estratégico para o setor automóvel, mas acende o debate sobre a soberania industrial da UE.

A União Europeia e vários dos seus Estados-membros, juntamente com movimentos sindicais, estão a aumentar a pressão sobre Israel.

As medidas incluem a proposta de suspensão de acordos comerciais pela Comissão Europeia, um embargo total de armas por parte de Espanha e um boicote coordenado de estivadores a cargas militares, refletindo uma condenação crescente das ações israelitas em Gaza.

A Alemanha mudou a sua posição e apoia agora a utilização dos lucros gerados pelos ativos russos congelados para financiar um empréstimo de 140 mil milhões de euros em ajuda militar à Ucrânia.

A proposta do chanceler Friedrich Merz alinha-se com os planos da Comissão Europeia e representa um passo importante para aumentar a pressão financeira sobre a Rússia e garantir o apoio a longo prazo a Kiev.

A Hungria declarou o movimento Antifa como uma organização terrorista, seguindo uma decisão do presidente dos EUA, Donald Trump.

A medida, justificada pelo governo de Viktor Orbán como uma resposta à violência política, aprofunda o isolamento ideológico de Budapeste na UE e sublinha o seu alinhamento com movimentos populistas de direita a nível global.

A Eslováquia aprovou uma emenda constitucional que limita os direitos LGBTQ+, definindo apenas dois géneros e restringindo a adoção.

A medida, que também afirma a primazia da lei nacional sobre a europeia em "questões culturais", é vista como um desafio à UE e um alinhamento com as políticas iliberais da Hungria e da Rússia, gerando fortes críticas de organizações de direitos humanos.

A indústria farmacêutica europeia alertou para as graves consequências da decisão dos EUA de impor tarifas de 100% sobre medicamentos, prevendo um aumento de custos e perturbações no acesso a tratamentos. A medida, vista como protecionista, agrava as tensões comerciais entre a UE e os EUA e ameaça a estabilidade das cadeias de abastecimento globais do setor.

O governo da Eslovénia declarou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, 'persona non grata', baseando a sua decisão em relatórios da ONU que apontam para genocídio em Gaza. Esta ação diplomática, que se segue ao reconhecimento do Estado da Palestina pelo país, destaca uma postura cada vez mais crítica de alguns Estados-membros da UE face à política israelita.

Face à escalada dos preços da habitação na Europa, o Parlamento Europeu iniciou o debate sobre um plano de ação comum.

As propostas visam aumentar a construção, facilitar o acesso dos jovens à habitação com incentivos fiscais e hipotecas acessíveis, e apoiar trabalhadores essenciais, utilizando fundos europeus para combater uma crise que ameaça a coesão social do bloco.