Briefing: Donald Trump

A proposta da administração Trump para tornar obrigatória a divulgação do histórico de redes sociais de turistas visa reforçar a segurança, mas enfrenta forte oposição por ser considerada uma medida invasiva que pode dissuadir o turismo e comprometer os princípios de liberdade de expressão.

A imposição e posterior levantamento de sanções dos EUA ao juiz Alexandre de Moraes, motivadas pelo caso de Jair Bolsonaro, refletiram a politização da política externa de Trump e criaram um conflito diplomático com o Brasil, que terminou com a reafirmação da soberania judicial brasileira.

A publicação de ficheiros do caso Epstein, mostrando a proximidade de Trump com o financeiro, tornou-se uma arma política para os democratas. A Casa Branca defende-se, acusando os opositores de manipulação, enquanto a controvérsia sublinha o impacto duradouro do escândalo na política americana.

A reação de Donald Trump aos questionamentos sobre a sua saúde, classificando o jornalismo crítico como "traição", ilustra a sua relação conflituosa com a imprensa e a importância da sua imagem de vigor, num contexto em que a sua idade é um fator político relevante.

O uso repetido por Donald Trump da expressão "países de merda" para descrever as nações de origem de muitos imigrantes solidifica a sua imagem como um líder com uma visão restritiva e racializada da imigração, utilizando uma linguagem inflamatória para mobilizar a sua base de apoio.

Através de um conjunto de ações administrativas e legislativas, a administração Trump materializou a sua dura retórica sobre imigração, restringindo vias legais, acelerando deportações e criando incerteza para cidadãos com dupla nacionalidade, alterando profundamente o panorama da política migratória dos EUA.

A retórica de Donald Trump sobre uma Europa "em decadência" e a sua hesitação em apoiar a Ucrânia marcam um ponto de viragem nas relações transatlânticas, gerando incerteza sobre o compromisso dos EUA com a segurança europeia e a ordem liberal internacional.

As sanções económicas e as ações militares, como a apreensão de um petroleiro, demonstram a estratégia de "pressão máxima" da administração Trump contra a Venezuela. Esta política visa isolar o regime de Maduro, mas também aumenta o risco de confronto direto na região.

A abordagem económica de Donald Trump caracterizou-se por ataques à independência da Reserva Federal e por uma guerra comercial que, embora destinada a proteger a indústria americana, teve efeitos negativos noutros setores, como a agricultura, exigindo intervenções estatais de grande escala para mitigar os danos.

A anulação judicial da suspensão de projetos eólicos por parte de Trump demonstra os limites do poder executivo para reverter unilateralmente políticas ambientais. O episódio ilustra a forte oposição de Trump às energias renováveis, contrastando com as iniciativas de vários estados e a crescente importância da energia eólica para a rede elétrica dos EUA.