Briefing: Donald Trump

As vitórias democratas nas eleições locais, com especial destaque para a eleição histórica de Zohran Mamdani em Nova Iorque, foram vistas como uma clara rejeição das políticas de Trump.

A resposta agressiva do Presidente, ameaçando com retaliações financeiras, evidencia a intensificação do conflito político e a fratura ideológica nos Estados Unidos.

A ameaça de Donald Trump de retomar os testes nucleares, quebrando uma moratória de mais de 30 anos, elevou significativamente as tensões geopolíticas. Justificada como uma resposta a ações da Rússia e da China, a medida foi vista como perigosa e desestabilizadora, aumentando o risco de uma nova corrida ao armamento nuclear.

A paralisação recorde do governo, desencadeada por um impasse orçamental sobre subsídios de saúde, causou perturbações generalizadas, afetando desde a segurança alimentar de milhões de pessoas até à segurança do tráfego aéreo.

A crise sublinhou a extrema polarização política e a disposição da administração Trump em usar serviços essenciais como moeda de troca política.

A campanha militar de Donald Trump contra o narcotráfico, marcada por ataques letais no mar e pela ameaça de intervenção terrestre na Venezuela e no México, intensificou as tensões regionais.

A estratégia foi condenada pela ONU como uma violação do direito internacional, mas defendida pela administração como uma medida necessária para a segurança dos EUA.

A política de tarifas de Donald Trump, um pilar da sua agenda 'America First', foi levada ao Supremo Tribunal, questionando a sua autoridade constitucional para impor impostos sem o consentimento do Congresso.

O caso, juntamente com a oposição simbólica no Senado, evidenciou as profundas controvérsias legais e políticas em torno da sua guerra comercial.

Através de propostas ambiciosas na ONU, a administração Trump procurou liderar a reconfiguração do pós-guerra no Médio Oriente.

As iniciativas incluíram um plano de desmilitarização para Gaza com uma força internacional e a normalização das relações com a Síria pós-Assad, demonstrando uma abordagem pragmática para estabilizar a região.

A cimeira entre Trump e Xi Jinping resultou numa trégua temporária na guerra comercial, com concessões mútuas sobre tarifas e exportações.

Embora celebrada por Trump como uma grande vitória, a pausa é vista por analistas como uma medida de gestão de tensões que não aborda as causas profundas da rivalidade sino-americana.

A administração Trump reduziu drasticamente o número de refugiados admitidos nos EUA para um mínimo histórico de 7.500 por ano. A controversa decisão de dar prioridade a sul-africanos brancos foi condenada por organizações humanitárias como sendo discriminatória e uma politização de um programa que tradicionalmente gozava de apoio bipartidário.

O cancelamento da cimeira entre Trump e Putin, motivado pela postura inflexível da Rússia sobre a Ucrânia, representou um fracasso diplomático significativo.

O episódio, ocorrido num momento de demonstrações de força militar por parte de Moscovo, evidenciou a profundidade do desacordo entre as duas nações e a fragilidade dos esforços para uma solução negociada para a guerra.

A Casa Branca de Trump implementou restrições de acesso sem precedentes para a imprensa, limitando a circulação de jornalistas e favorecendo meios de comunicação alinhados ideologicamente. Estas ações, combinadas com processos judiciais contra órgãos de comunicação críticos, marcam uma escalada significativa na guerra da administração contra a imprensa tradicional.