Briefing: Donald Trump

As alegações infundadas de Donald Trump sobre a ligação do paracetamol e das vacinas ao autismo desencadearam uma forte condenação por parte de especialistas de saúde e da indústria farmacêutica. Apesar da ausência de evidências científicas, a administração anunciou a intenção de a FDA emitir alertas, intensificando o debate sobre desinformação e saúde pública.

O encontro entre Trump e Zelensky em Nova Iorque serviu para a Ucrânia reforçar o seu apelo por um maior apoio dos EUA, nomeadamente através de novas sanções à Rússia e de um compromisso firme com as garantias de segurança futuras. A reunião destacou a centralidade do papel de Washington na estratégia de Kiev para o pós-guerra.

A imposição de sanções pela administração Trump a autoridades judiciais brasileiras, incluindo o juiz Alexandre de Moraes, em retaliação pela condenação de Jair Bolsonaro, escalou a crise diplomática entre os dois países.

Enquanto os EUA justificam as medidas com a defesa dos direitos humanos, o Brasil considera-as uma interferência inaceitável na sua soberania e nos seus processos democráticos.

A nova taxa de 100.000 dólares sobre os vistos H-1B é uma das medidas mais agressivas da administração Trump para reformular a imigração qualificada.

A Casa Branca defende a política como uma forma de proteger os empregos americanos, mas enfrenta críticas severas do setor tecnológico, que alerta para um potencial declínio na inovação e competitividade económica dos EUA.

A resposta da administração Trump ao assassinato de Charlie Kirk foi rápida e politicamente carregada, culminando na designação da Antifa como organização terrorista.

A medida, justificada pela alegada ligação do suspeito ao movimento, serve para enquadrar a violência política como uma ameaça da esquerda radical, intensificando a polarização no país.

As negociações entre os EUA e a China sobre o TikTok evoluíram de uma ameaça de proibição para um acordo de reestruturação da propriedade, com controlo americano. A aproximação, selada numa chamada entre Trump e Xi, resultou no adiamento do veto e no agendamento de encontros de alto nível, sinalizando uma tentativa de estabilizar as tensas relações comerciais e tecnológicas.

A administração Trump isolou-se diplomaticamente ao criticar duramente o reconhecimento do Estado da Palestina por parte de aliados-chave.

A Casa Branca considera a medida contraproducente e uma recompensa ao terrorismo, priorizando a libertação dos reféns e a segurança de Israel em detrimento de gestos simbólicos de apoio à causa palestiniana.

A administração Trump adotou uma postura dupla face à Rússia: por um lado, reafirmou o compromisso de defesa coletiva da NATO perante as provocações russas; por outro, Trump expressou desilusão pessoal com Putin, criticando a brutalidade da guerra na Ucrânia, embora mantendo a esperança de uma solução negociada condicionada à pressão económica europeia sobre Moscovo.

A disputa sobre os cortes em programas de saúde pública bloqueou a aprovação de uma lei de financiamento temporário no Congresso, colocando os EUA à beira de uma paralisação do governo.

Com acusações mútuas entre republicanos e democratas, e com o Presidente Trump a pressionar pela aprovação da sua proposta, o impasse reflete a profunda divisão ideológica em Washington.

A recusa de Donald Trump em aprovar ajuda militar a Taiwan sinaliza uma possível reavaliação da política dos EUA para com a ilha, ligando diretamente a segurança de Taipé às negociações comerciais com a China. Esta decisão aumenta a incerteza para Taiwan e coloca em questão a firmeza do apoio militar americano face às ambições de Pequim.