Briefing: Avanços científicos da semana

A investigação concluiu que a administração de vacinas de mRNA em conjunto com a imunoterapia aumentou significativamente a esperança de vida de doentes com cancro do pulmão e de pele em estado avançado, abrindo a porta ao desenvolvimento de futuras vacinas universais contra o cancro.

O sistema de implante ocular PRIMA demonstrou ser uma tecnologia revolucionária, permitindo que uma percentagem significativa de doentes com degenerescência macular avançada recuperasse a capacidade de ler, marcando um avanço histórico no tratamento da cegueira.

Uma nova tecnologia não invasiva da Universidade de Coimbra utiliza ultrassons para melhorar a absorção de moléculas cosméticas, promovendo uma regeneração eficaz da pele ao estimular a produção de colagénio e elastina.

O tratamento, indolor e com resultados rápidos, já está a ser comercializado.

Um estudo da Universidade de Coimbra descobriu que o cérebro utiliza "mapas conteudotópicos" para organizar espacialmente a informação sobre objetos.

Esta organização estruturada e eficiente é crucial para a flexibilidade cognitiva e lança uma nova luz sobre como o cérebro transforma a experiência em conhecimento.

Uma equipa da Universidade do Minho obteve um financiamento significativo da fundação Wellcome para investigar um novo alvo farmacológico para a depressão.

O projeto visa criar terapias de ação mais rápida e duradoura, abordando uma lacuna fundamental nos tratamentos atuais para a saúde mental.

Investigadores do i3S identificaram a proteína Rac1 como um novo alvo terapêutico para a "doença dos pezinhos".

O bloqueio desta proteína protege as células nervosas, oferecendo uma nova estratégia promissora para travar a doença numa fase precoce e prevenir danos neurológicos permanentes.

Uma nova técnica enzimática permitiu converter um rim do tipo A para o tipo O universal, que foi transplantado com sucesso num modelo humano sem rejeição imediata.

Este avanço na medicina de transplantes tem o potencial de eliminar a barreira do tipo sanguíneo e reduzir significativamente as listas de espera por órgãos.

A descoberta de danos cerebrais do tipo Alzheimer em golfinhos, associados a neurotoxinas de algas, estabelece uma ligação preocupante entre fatores ambientais e doenças neurodegenerativas.

Este estudo posiciona os golfinhos como indicadores cruciais dos riscos que as alterações climáticas e a poluição podem representar para a saúde dos ecossistemas e, potencialmente, para a saúde humana.

Através da edição do gene que codifica a proteína DNAJC14, cientistas do Instituto Roslin criaram porcos com resistência total à peste suína.

Esta inovação biotecnológica oferece uma solução eficaz para combater uma doença devastadora para a suinicultura e abre portas para o desenvolvimento de resistência a outras doenças em animais de produção.

A identificação do *Pseudocrossidium atacamense* no Deserto do Atacama revela a resiliência da vida em condições extremas e sublinha o papel dos ecossistemas de neblina como refúgios de biodiversidade.

A capacidade de adaptação desta nova espécie de musgo oferece informações valiosas para o estudo das respostas das plantas às alterações climáticas.