Briefing: Avanços científicos da semana

Pela primeira vez, uma terapia genética experimental demonstrou sucesso em abrandar a progressão da Doença de Huntington em 75% num pequeno ensaio clínico, oferecendo uma esperança sem precedentes para o tratamento desta patologia neurodegenerativa.

Uma investigação do i3S demonstrou que garantir a captação adequada de vitamina C pelas células imunitárias do cérebro, através do transportador SVCT2, pode atrasar o início e a progressão da Doença de Alzheimer, abrindo caminho para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos.

A reconstrução digital do crânio Yunxian 2, com um milhão de anos, revelou características inesperadas que o ligam a hominídeos mais recentes, sugerindo que a divisão entre os nossos antepassados ocorreu muito antes e que a Ásia pode ter tido um papel central na evolução humana.

Um novo dispositivo português capaz de identificar bactérias e a sua resistência em tempo real está prestes a ser testado, prometendo uma administração mais precisa de antibióticos e representando um avanço significativo no combate à crise global da resistência antimicrobiana.

Investigadores identificaram o composto LN-7, que impede a replicação do vírus do herpes através de um novo mecanismo de ação, bloqueando o empacotamento do seu genoma.

Esta descoberta abre caminho para uma nova classe de antivirais, eficazes inclusive contra estirpes resistentes.

Investigadores portugueses descobriram que as interações entre proteínas são determinantes na evolução do cancro, identificando as proteínas que interagem com as mutadas como novos e promissores alvos terapêuticos, o que poderá permitir tratamentos oncológicos mais personalizados e eficazes.

A análise genética de dentes de mamute fossilizados demonstrou que o mamute-lanoso e o mamute-colombiano se hibridizaram repetidamente na América do Norte, revelando um fluxo genético bidirecional e reforçando a ideia de que a hibridação é um mecanismo evolutivo mais comum do que se pensava.

Investigadoras da NOVA FCT desenvolveram selos de autenticidade a partir de gelatina que criam "impressões digitais óticas" únicas e dinâmicas, tornando-os impossíveis de falsificar.

Esta solução sustentável, biodegradável e de baixo custo representa um avanço significativo no combate à contrafação global.

Uma investigação da Universidade de Coimbra está a estudar os circuitos cerebrais responsáveis pelo processamento de emoções positivas, uma área negligenciada pela ciência.

O objetivo é compreender melhor a empatia e desenvolver futuras intervenções farmacológicas para condições psiquiátricas como a depressão e o autismo.

A primeira grande expedição científica ao recife da Pedra do Valado, no Algarve, irá recolher dados cruciais para avaliar o estado do ecossistema e desenvolver um plano de gestão eficaz.

A iniciativa visa garantir a proteção da biodiversidade e a sustentabilidade das atividades económicas locais neste importante parque marinho.