Briefing: Avanços científicos da semana

O lançamento do GPT-5 pela OpenAI marca uma evolução significativa na IA, oferecendo capacidades avançadas de nível especializado a um público vasto, incluindo utilizadores gratuitos.

As melhorias em raciocínio, codificação e fiabilidade, juntamente com a integração em ecossistemas como o da Microsoft, posicionam o modelo como uma ferramenta transformadora.

No entanto, o lançamento gerou debate sobre o valor para os subscritores pagos e a qualidade percebida, ao mesmo tempo que intensificou a competição no setor.

O estudo demonstra que vírus respiratórios como os da gripe e Covid-19 podem despertar células cancerígenas latentes, particularmente nos pulmões, através de uma resposta inflamatória mediada pela proteína IL-6.

A investigação, suportada por modelos animais e dados populacionais humanos, sugere um risco aumentado de metástases e mortalidade por cancro após infeções respiratórias, sublinhando a importância da prevenção viral em sobreviventes de cancro e abrindo a porta a novas terapias preventivas.

A decisão da NASA de acelerar a instalação de um reator nuclear na Lua até 2030 reflete a intensificação de uma nova corrida espacial. Impulsionada pela necessidade de uma fonte de energia fiável para futuras bases lunares e pela competição com os programas espaciais da China e da Rússia, a medida é vista como um passo crucial para garantir a liderança dos EUA na exploração e futura colonização do satélite natural da Terra.

A descoberta de um buraco negro ultramassivo, com 36 mil milhões de massas solares, representa um marco na astronomia.

A sua deteção, através da combinação inovadora de lentes gravitacionais e cinemática estelar, confere uma elevada fiabilidade à medição.

Este achado não só desafia os limites teóricos do universo, como também oferece novas ferramentas para detetar buracos negros “silenciosos” e aprofundar a compreensão da coevolução das galáxias e dos seus buracos negros centrais.

A descoberta de que a batata evoluiu de um cruzamento ancestral com o tomate resolve um mistério científico e ilustra o poder da hibridização na evolução das plantas.

Esta fusão genética, ocorrida há milhões de anos, permitiu o desenvolvimento do tubérculo, uma adaptação chave que facilitou a sua expansão nos Andes.

A investigação não só reescreve a história evolutiva de uma das culturas mais importantes do mundo, como também abre novas vias para o melhoramento genético e a segurança alimentar global.

A identificação do açúcar 'nLc4' como um biomarcador urinário para o cancro da bexiga representa um avanço promissor para o diagnóstico da doença.

A sua forte associação com a forma músculo-invasiva, a mais grave, pode permitir uma deteção mais rápida e menos invasiva que os métodos atuais.

Se validado, este biomarcador poderá levar ao desenvolvimento de um teste de urina que auxilie os médicos na identificação precoce de casos graves e na escolha de tratamentos adequados.

A descoberta de uma nova espécie de crocodilo marinho em Angola fornece provas cruciais de que o grupo Dyrosauridae já estava bem estabelecido antes da extinção dos dinossauros. Este achado paleontológico, liderado por investigadores portugueses, altera a compreensão da resiliência da vida marinha durante crises globais e reforça a importância de Angola como uma região chave para o estudo dos ecossistemas do Cretácico Superior.

O fóssil de um dente de rena encontrado em Atapuerca, com 300 mil anos, reescreve a cronologia da fauna glaciar na Península Ibérica.

Esta descoberta prova que espécies adaptadas ao frio, como a rena, habitaram latitudes mais a sul muito antes do que se supunha, indicando um impacto mais precoce e severo das eras glaciares na região e alterando a compreensão dos ecossistemas pré-históricos ibéricos.

A proposta da Administração Trump para cortar o financiamento dos Observatórios de Carbono em Órbita da NASA representa uma ameaça significativa à monitorização climática global.

A medida, justificada como um alinhamento com prioridades orçamentais, pode eliminar dados cruciais sobre emissões de CO2 e saúde dos ecossistemas.

Face à incerteza política, a NASA procura desesperadamente financiamento alternativo para salvar missões que a comunidade científica considera vitais e insubstituíveis.

A identificação de um raro hidroxisulfato férrico em Marte, detalhada num estudo da Nature Communications, oferece novas pistas sobre a história geológica do planeta. A sua formação, provavelmente ligada a calor vulcânico ou geotérmico, sugere que Marte pode ter tido atividade geológica mais recente do que se supunha, redefinindo a compreensão da evolução da sua superfície.