Briefing: Avanços científicos da semana

A descoberta da bactéria ‘Klebsiella sp.

ARO112’ em Portugal representa um avanço promissor para a saúde intestinal.

Esta estirpe demonstrou ser segura e eficaz na restauração da microbiota após o uso de antibióticos, na redução da inflamação e na proteção contra infeções, abrindo portas para uma nova geração de probióticos terapêuticos direcionados.

Novas evidências arqueológicas encontradas em Inglaterra demonstram que Neandertais primitivos dominavam a produção de fogo há 400 mil anos, 350 mil anos antes do que se acreditava.

Esta descoberta fundamental sublinha a sofisticação tecnológica e cognitiva dos nossos antepassados e o papel central do fogo na evolução humana.

A investigação liderada pela Universidade de Coimbra identificou uma cascata molecular (disfunção lisossomal, danos no ADN e ativação das proteínas c-Abl e YAP1) como a causa da morte celular na doença de Batten.

Esta descoberta fornece alvos terapêuticos concretos que poderão, no futuro, levar ao desenvolvimento de tratamentos para retardar esta patologia devastadora.

O novo modelo de IA, MMCLKin, desenvolvido na Universidade de Coimbra, demonstrou a sua capacidade para prever com precisão a eficácia de inibidores de quinases, um passo fundamental na descoberta de fármacos. A sua validação experimental para uma mutação associada a doenças neurodegenerativas confirma o seu potencial para revolucionar o desenvolvimento de terapias direcionadas.

O projeto BioComp 3.0 provou ser tecnicamente viável transformar a praga dos jacintos-de-água num recurso valioso, criando fertilizantes orgânicos eficazes.

Embora a viabilidade agronómica esteja confirmada, o sucesso futuro da iniciativa depende agora da criação de um enquadramento legal que permita o seu manuseamento e comercialização de forma segura.

Uma equipa do ABC-Ri recebeu financiamento para um projeto inovador que investiga a inatividade das células estaminais neurais na doença de Alzheimer. A investigação visa desvendar os mecanismos de bloqueio da regeneração cerebral, com o duplo objetivo de desenvolver futuras estratégias terapêuticas e de identificar biomarcadores para um diagnóstico mais precoce.

Pedro Fonte foi distinguido com o Prémio Investigador UAlg pelo seu trabalho pioneiro em nanomedicina.

A sua investigação foca-se no desenvolvimento de sistemas de administração de fármacos mais eficazes e seguros, com destaque para uma solução inovadora para tratamento de feridas que não necessita de refrigeração, com elevado potencial de impacto em cenários de crise.

Uma investigação liderada pela Universidade do Algarve em Omã revelou que os primeiros humanos se adaptaram a um clima mais árido há 100 mil anos, inovando com a criação de ferramentas de pedra miniaturizadas.

Esta descoberta sublinha a flexibilidade comportamental e a capacidade de resolução de problemas dos nossos antepassados durante a sua expansão global.

Uma nova técnica de pensos dérmicos permite, pela primeira vez, monitorizar as hormonas de rãs de forma não invasiva e sem lhes causar stress. Este avanço é uma ferramenta valiosa para a conservação, fornecendo dados essenciais sobre a saúde e a reprodução de populações de anfíbios ameaçadas em todo o mundo.

A análise de um estaleiro em Pompeia confirmou que os romanos usavam uma técnica de mistura a quente com cal viva para fabricar o seu betão. Esta descoberta não só elucida um segredo da engenharia antiga, como também valida a teoria de que os clastos de cal resultantes são responsáveis pela notável capacidade de autorreparação do material.