Briefing: Avanços científicos da semana

Uma equipa liderada pela Universidade de Coimbra descobriu um mecanismo molecular chave na Doença de Batten, ligando a disfunção de uma proteína à morte celular através das vias de sinalização c-Abl e YAP1, o que abre portas a potenciais novas terapias para esta doença rara e fatal.

Uma descoberta no Reino Unido, que revelou terra queimada e ferramentas datadas de há 400.000 anos, prova que humanos primitivos, provavelmente Neandertais, conseguiam produzir fogo intencionalmente, antecipando este marco tecnológico crucial em 350.000 anos.

Um novo modelo de inteligência artificial, o MMCLKin, desenvolvido na Universidade de Coimbra, prevê com precisão a eficácia de candidatos a fármacos, prometendo revolucionar e acelerar o desenvolvimento de tratamentos para o cancro e doenças neurodegenerativas.

Investigadores do ABC-Ri, no Algarve, garantiram financiamento para estudar por que razão as células estaminais neurais permanecem adormecidas em doentes de Alzheimer, com o objetivo de identificar biomarcadores para diagnóstico precoce e, futuramente, reativar a capacidade regenerativa do cérebro.

Pedro Fonte, da Universidade do Algarve, venceu um importante prémio pela sua investigação em nanomedicina, que inclui o desenvolvimento de “transportadores inteligentes” para fármacos e um inovador hidrogel para tratamento de feridas que não necessita de refrigeração, visando tornar as terapias avançadas mais acessíveis.

Dois projetos sediados em Portugal obtiveram competitivas bolsas do ERC: um, na Fundação Champalimaud, irá mapear o controlo do movimento no cérebro, enquanto o outro, no Instituto Superior Técnico, utilizará fósseis do ouvido interno para determinar a temperatura corporal dos dinossauros.

Uma equipa liderada pela Universidade do Algarve descobriu em Omã que, há 100.000 anos, os primeiros humanos responderam às alterações climáticas através da miniaturização das suas ferramentas de pedra, uma inovação crucial que aumentou a eficiência da caça e demonstra uma notável capacidade de adaptação.

Numa experiência de alta precisão, físicos chineses validaram um princípio central da mecânica quântica, demonstrando que o ato de medir uma propriedade de uma partícula altera inevitavelmente outra, confirmando assim uma teoria debatida desde o tempo de Einstein e Bohr.

O Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PACT) juntou-se ao projeto europeu ROBO-KNOT, financiado com 3 milhões de euros, que promoverá a mobilidade de investigadores entre universidades e empresas para acelerar a adoção de tecnologias de robótica em setores chave como a aeronáutica e o agroalimentar.

Um novo estudo demonstrou que a cerâmica de estilo fenício do povoado de Santa Olaia era produzida localmente, revelando que os fenícios introduziram tecnologia avançada, como fornos e tornos de oleiro, na região, adaptando os seus produtos aos gostos das comunidades locais.