Briefing: Avanços científicos da semana

A reavaliação da idade de fósseis no Novo México indica que os dinossauros não estavam em declínio, mas sim a prosperar em diversas comunidades regionais até ao impacto do asteroide, o que apoia a teoria de uma extinção súbita e catastrófica.

Um estudo de Coimbra validou o uso do inseto australiano *Trichilogaster acaciaelongifoliae* como um método de controlo biológico altamente eficaz e seguro contra a acácia-de-espigas, reduzindo a produção de sementes em até 98% e promovendo a recuperação dos ecossistemas dunares nativos.

A identificação do gene WUS-D1, que permite ao trigo produzir até três grãos por flor, representa um avanço significativo para a agricultura, com potencial para triplicar o rendimento das colheitas através de melhoramento genético e edição genética, podendo ser aplicado a outros cereais.

Cientistas da Universidade do Minho receberam mais de 800 mil euros da fundação Wellcome para investigar um novo alvo farmacológico para a depressão, com o objetivo de criar terapias de ação rápida e sustentada e um potencial biomarcador para diagnóstico precoce.

Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram um protocolo estético não invasivo que utiliza ultrassons para administrar moléculas cosméticas nas camadas profundas da pele, estimulando a produção de colagénio e elastina para regenerar e reafirmar o rosto de forma indolor e eficaz.

Uma investigação da Universidade de Coimbra, publicada na *NeuroImage*, revelou que o cérebro utiliza “mapas conteudotópicos” para organizar espacialmente a informação sobre objetos, um mecanismo que aumenta a eficiência neural e a flexibilidade cognitiva.

A descoberta da nova espécie de musgo, *Pseudocrossidium atacamense*, no Deserto do Atacama, revela uma notável adaptação à humidade do nevoeiro em condições de extrema aridez.

Esta planta serve como um modelo importante para o estudo da resiliência das plantas às alterações climáticas.

Um estudo da Universidade Monash usou filmagens em câmara lenta para detalhar as estratégias de ataque de diferentes famílias de cobras venenosas, revelando que víboras, elapídeos e colubrídeos evoluíram métodos distintos e altamente especializados para a inoculação de veneno, demonstrando a precisão da evolução.

Um ensaio clínico publicado no *New England Journal of Medicine* confirmou o sucesso do sistema PRIMA, um implante retinal sem fios que restaurou a capacidade de leitura e a visão central em dezenas de pacientes com degenerescência macular avançada, marcando um avanço significativo no tratamento da cegueira.

Investigadores do Instituto Roslin criaram porcos geneticamente modificados resistentes à peste suína através da edição de uma proteína essencial à replicação do vírus.

A abordagem demonstrou ser totalmente eficaz e segura, abrindo caminho para novas estratégias de controlo de doenças em animais de produção.