Briefing: Avanços científicos da semana

O estudo em Omã evidencia a engenhosidade humana precoce em resposta às alterações climáticas, manifestada na miniaturização de ferramentas de pedra. Esta adaptação, identificada através de técnicas de inspiração forense, foi uma estratégia de sobrevivência fundamental e parte de uma tendência global, sublinhando a flexibilidade comportamental que permitiu a expansão humana.

O estudo de fósseis venezuelanos demonstra que as anacondas alcançaram o seu tamanho gigante no início da sua evolução, há mais de 12 milhões de anos, e mantiveram-no apesar de mudanças climáticas significativas. A sua persistência, ao contrário de outra megafauna do Mioceno, destaca a sua adaptação bem-sucedida como predadores resilientes e generalistas.

A nomeação oficial do monte submarino “Gloria” por cientistas portugueses representa um marco significativo para a oceanografia nacional, homenageando tecnologia de mapeamento pioneira.

Esta iniciativa, liderada pela EMEPC, não só expande o conhecimento do fundo do Atlântico como também fortalece o projeto estratégico de Portugal para a extensão da sua plataforma continental.

O estudo valida que a cogestão da pesca do pirarucu na Amazónia, orientada pelo conhecimento ecológico tradicional das comunidades locais, é uma estratégia de conservação altamente eficaz.

Esta abordagem permitiu recuperar com sucesso a espécie da quase extinção e serve como um modelo poderoso para a gestão sustentável de recursos a nível global.

A descoberta da nova espécie de borboleta *Monochroa monellii* em Pombal realça que a biodiversidade de Portugal ainda não está totalmente documentada. O achado serve também de alerta para o impacto negativo das atuais práticas de gestão florestal, apelando a métodos de conservação mais conscientes para proteger ecossistemas frágeis e os seus habitantes.

A iniciativa do governo dos EUA para reduzir os testes em primatas para fármacos específicos marca um passo importante em direção a práticas científicas mais humanas e modernas. Embora apoiada por defensores dos direitos dos animais e vista como uma forma de otimizar o desenvolvimento de medicamentos, alguns investigadores advertem para a necessidade de cautela, sublinhando a importância contínua dos modelos animais em certas áreas da investigação biomédica.

Um estudo colaborativo entre investigadores do Porto e de Coimbra identificou uma nova estratégia terapêutica para combater a insuficiência cardíaca grave, visando os mecanismos de envelhecimento celular. Esta abordagem de "rejuvenescimento cardíaco", publicada numa revista de referência, oferece uma nova perspetiva para tratar as causas da doença, com potencial para desenvolver tratamentos mais eficazes.

Uma investigação do CCMAR demonstra que um extrato da microalga marinha *Skeletonema costatum* pode combater eficazmente a osteoporose ao regular as vias imunitárias e reequilibrar o metabolismo ósseo.

Dado que a microalga já está aprovada para consumo humano, esta descoberta apresenta uma promissora e potencialmente rápida alternativa natural aos tratamentos farmacológicos atuais.

Um estudo recente associou a obesidade na meia-idade a um início acelerado da doença de Alzheimer, identificando um aumento significativo do risco através de biomarcadores sanguíneos.

Esta descoberta reforça a ligação crítica entre a saúde metabólica e a saúde cerebral, posicionando a gestão do peso como uma potencial estratégia preventiva contra a demência.

Ao realizar experimentalmente uma experiência mental proposta por Einstein, físicos chineses forneceram novas e fortes provas para um princípio central da mecânica quântica.

A descoberta, publicada numa revista de física de renome, reafirma o princípio da influência mútua em medições simultâneas de propriedades de partículas, um conceito fundamental para a nossa compreensão do mundo quântico.