Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

Wall Street atingiu novos máximos históricos, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem ganhos significativos, impulsionados pela expectativa de cortes nas taxas de juro da Fed após a divulgação de dados da inflação mais baixos do que o previsto.

A inflação de setembro nos EUA, ao situar-se nos 3,0%, abaixo das expectativas, aumentou a probabilidade de a Fed cortar as taxas de juro, o que serviu de principal combustível para a subida dos mercados de ações.

Os mercados europeus fecharam maioritariamente em alta, com os principais índices a beneficiarem do otimismo gerado pelos dados da inflação nos EUA e da consequente expectativa de cortes de juros pela Fed, que se sobrepôs a outros fatores locais.

O índice PSI da bolsa de Lisboa fechou em alta, atingindo um máximo de quase 15 anos, impulsionado pelo forte desempenho das construtoras Mota-Engil e Teixeira Duarte, bem como do BCP, apesar das perdas no setor energético.

A marcação de uma cimeira entre os líderes dos EUA e da China, juntamente com outros sinais de diálogo, reduziu os receios de uma guerra comercial, o que contribuiu para o sentimento positivo e o apetite pelo risco nos mercados.

O início da época de resultados trimestrais foi positivo, com empresas como a Intel a superarem as expectativas, o que contribuiu para o sentimento otimista do mercado, embora o foco se vire agora para os resultados das grandes tecnológicas.

A paralisação do governo dos EUA, que causou o atraso na divulgação de dados económicos, foi largamente ignorada pelos investidores, que preferiram focar-se na perspetiva de cortes de juros pela Fed, mantendo o mercado em trajetória ascendente.

Os mercados asiáticos registaram ganhos expressivos, com os índices de Tóquio, Xangai e Hong Kong a subirem, em resposta a uma revisão em alta das previsões de crescimento do FMI para a região da Ásia-Pacífico.

As sanções dos EUA a petrolíferas russas causaram um pico nos preços do petróleo na véspera, e na sessão de ontem os preços continuaram a subir, refletindo a incerteza geopolítica e os receios sobre a oferta global.

As ações da EDP e EDP Renováveis estiveram sob pressão durante a sessão, condicionando o índice PSI, devido a uma revisão de recomendação por parte do Morgan Stanley, embora as perdas tenham sido atenuadas no fecho do mercado.