Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

A bolsa norte-americana registou um fecho positivo, impulsionada por uma conjugação de fatores: lucros empresariais que superaram as expectativas, o fortalecimento do setor energético devido a sanções contra a Rússia e o otimismo gerado pelo anúncio de um encontro diplomático entre os líderes dos EUA e da China.

O preço do petróleo registou uma valorização expressiva, superior a 5%, em resposta direta à imposição de novas e coordenadas sanções económicas dos EUA e da UE contra o setor energético russo, visando aumentar a pressão sobre Moscovo.

Numa ação coordenada, os EUA e a UE impuseram novas sanções robustas ao setor energético e financeiro da Rússia, visando empresas como a Rosneft e a Lukoil e avançando para a proibição do GNL russo, com o objetivo de aumentar a pressão económica sobre Moscovo.

Os principais mercados acionistas europeus fecharam o dia de ontem com ganhos, ainda que moderados.

O sentimento foi influenciado positivamente pela subida do petróleo e por alguns resultados empresariais, apesar de um desempenho misto entre diferentes setores.

O índice PSI da bolsa de Lisboa atingiu um máximo de quase 16 anos na quinta-feira, impulsionado por CTT e Galp, mas não conseguiu suster o ímpeto, abrindo em território negativo na sexta-feira, num movimento de correção e em contraciclo com a Europa.

O ouro sofreu uma correção acentuada, caindo de máximos históricos devido à melhoria do sentimento de risco, à força do dólar e à realização de lucros. No entanto, a incerteza persiste, com analistas a apontarem para fatores de suporte subjacentes que podem sustentar o preço do metal precioso a longo prazo.

A bolsa de Lisboa foi impulsionada na quinta-feira pelos fortes ganhos da Galp Energia, que beneficiou da subida dos preços do petróleo, e dos CTT, que lideraram as subidas percentuais.

O desempenho destas duas empresas foi crucial para que o índice PSI atingisse um máximo de quase 16 anos.

A Navigator viu as suas ações caírem na bolsa de Lisboa após anunciar uma redução de 51% nos lucros dos primeiros nove meses do ano.

A reação negativa dos investidores aos resultados dececionantes levou a empresa a negociar em contraciclo com o mercado.

As perspetivas para o mercado bolsista dividem os analistas: o UBS mostra-se otimista, prevendo a continuação do 'bull market' impulsionado pela IA e pela política monetária, enquanto o Banco Carregosa adota uma postura cautelosa, alertando para riscos de sobrevalorização e estagflação.

Os mercados reagiram positivamente à notícia de um encontro entre os líderes dos EUA e da China, que aliviou as tensões comerciais. Contudo, a ameaça de novas restrições de exportação por parte dos EUA à China mantém um clima de incerteza sobre o futuro das relações entre as duas potências.