
O dia em Wall Street demonstrou uma dicotomia, com a força dos resultados de empresas 'blue-chip' a impulsionar o Dow Jones para um recorde, enquanto a sensibilidade do setor tecnológico às tensões geopolíticas levou o Nasdaq a perdas.
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O dia em Wall Street demonstrou uma dicotomia, com a força dos resultados de empresas 'blue-chip' a impulsionar o Dow Jones para um recorde, enquanto a sensibilidade do setor tecnológico às tensões geopolíticas levou o Nasdaq a perdas.

O fecho negativo do PSI na sessão de ontem foi um evento motivado por fatores internos, nomeadamente a realização de lucros em ações de alto desempenho como as da Teixeira Duarte e Mota-Engil, descolando do sentimento mais positivo vivido na Europa.

A queda acentuada das ações da Mota-Engil e Teixeira Duarte na sessão de ontem é vista como uma correção técnica e um movimento de realização de lucros, num ano de desempenho excecional. Os fundamentos do setor, sustentados por uma carteira de encomendas recorde, levam os analistas a manter uma perspetiva positiva.

O novo recorde histórico do Nikkei reflete a confiança dos investidores na nova liderança política do Japão e nas suas políticas pró-mercado, num dia de forte desempenho generalizado para as bolsas asiáticas, que se destacaram positivamente no panorama global.

A sessão europeia foi marcada pela prudência, refletindo a incerteza dos investidores perante a época de resultados e a divulgação de indicadores macroeconómicos relevantes, o que resultou num fecho misto dos principais índices.

A época de resultados do PSI inicia-se com o índice em máximos de mais de uma década, mas com os investidores a procurarem confirmações de que os lucros das empresas conseguirão superar os ventos contrários da economia global e justificar as atuais cotações.

A análise ao primeiro semestre de 2025 mostra um mercado português a duas velocidades: enquanto o índice PSI atingia novos máximos, impulsionado por algumas 'blue-chips', a generalidade das empresas enfrentava uma diminuição dos lucros, evidenciando uma desconexão entre o sentimento do mercado e os resultados financeiros.

A incerteza gerada pelo prolongado 'shutdown' nos EUA e a volatilidade no sentimento em torno das negociações comerciais com a China continuam a ser os principais fatores macroeconómicos a ditar o ritmo dos mercados, com os investidores a reagirem rapidamente a cada novo desenvolvimento.

A diminuição das tensões comerciais entre EUA e China reduziu temporariamente a procura pelo ouro como ativo de refúgio, provocando uma correção no seu preço após ter atingido um novo máximo histórico.
No entanto, a perspetiva de longo prazo permanece positiva enquanto a incerteza global persistir.

O mercado petrolífero demonstrou resiliência na sessão de ontem, revertendo as perdas iniciais para fechar em alta, um movimento que acompanhou a melhoria do sentimento dos investidores em relação ao comércio global.