Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

Wall Street fechou em terreno positivo, com os principais índices a subirem, impulsionados pela tecnologia e pela antecipação de dados macroeconómicos cruciais que irão moldar as expectativas sobre a política monetária da Fed.

As ações de tecnologia, especialmente as ligadas à inteligência artificial, recuperaram fortemente na sessão de terça-feira, impulsionando os ganhos dos mercados norte-americanos e demonstrando o renovado interesse dos investidores no setor.

A previsão de retorno a um cash flow positivo em 2026 impulsionou as ações da Boeing para um ganho de dois dígitos, refletindo a confiança do mercado na recuperação financeira da empresa e contribuindo para os ganhos em Wall Street.

O PSI teve um desempenho superior ao das suas congéneres europeias, fechando com uma subida superior a 1%, sustentado pela forte performance dos setores da energia e da banca, que capitalizaram notícias positivas específicas.

A Europa bolsista teve um dia de negociação mista, com os ganhos em mercados como a Alemanha e a Itália a serem contrabalançados por perdas em França e no Reino Unido, refletindo a incerteza dos investidores num dia em que Lisboa se destacou pela positiva.

A perspetiva de negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia levou a uma queda significativa nos preços do petróleo, com os investidores a anteciparem uma potencial desescalada do conflito e a consequente estabilização da oferta.

As negociações de paz para a Ucrânia, tidas como 'produtivas', entre a Rússia e enviados ligados aos EUA, provocaram uma valorização do rublo e uma queda nos preços do petróleo, demonstrando o impacto direto da geopolítica nos mercados financeiros.

A forte valorização da Bitcoin, que recuperou para níveis acima dos 90.000 dólares, teve um efeito positivo no mercado de ações, beneficiando diretamente empresas expostas ao setor dos criptoativos e contribuindo para o sentimento de risco positivo.

Os mercados operam com cautela, aguardando a publicação de dados do emprego e da inflação nos EUA, que serão determinantes para as expectativas sobre a política monetária da Reserva Federal na sua próxima e muito antecipada reunião.

Novembro marcou a primeira queda mensal do PSI em 2025, pondo fim a um longo ciclo de valorizações, embora o balanço anual permaneça fortemente positivo.

A análise aponta para sinais de esgotamento e riscos de sobrevalorização no mercado português.