
A sessão em Wall Street foi marcada por um otimismo generalizado, com os índices a subirem mais de 1,5% e o Dow Jones a renovar o seu máximo histórico, em resposta direta à perspetiva de um alívio da política monetária pela Reserva Federal.
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A sessão em Wall Street foi marcada por um otimismo generalizado, com os índices a subirem mais de 1,5% e o Dow Jones a renovar o seu máximo histórico, em resposta direta à perspetiva de um alívio da política monetária pela Reserva Federal.

Jerome Powell adotou um tom mais 'dovish' do que o esperado, reconhecendo os riscos para o mercado de trabalho e abrindo a porta a um corte de juros em setembro, o que aumentou significativamente as expectativas dos investidores para um alívio monetário.

A perspetiva de um corte nos juros da Fed provocou uma queda significativa nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, especialmente nos de curto prazo, e uma consequente desvalorização do dólar no mercado cambial.

A expectativa de um alívio monetário pela Fed beneficiou de forma generalizada os mercados acionistas norte-americanos, com destaque para os setores mais sensíveis às taxas de juro, como o financeiro, tecnológico, construção e lazer.

Impulsionadas por notícias corporativas específicas e pelo otimismo do mercado, ações como as da Zoom, Intel, Tesla e Coinbase registaram valorizações notáveis, liderando os ganhos em Wall Street.

A bolsa de Lisboa teve um desempenho negativo, recuando 0,50%, em contraste com os ganhos nas principais bolsas europeias, devido principalmente às fortes quedas das ações do BCP e da Jerónimo Martins, ambas afetadas por notícias provenientes da Polónia.

O BCP foi fortemente penalizado em bolsa, com uma queda de 3,41%, devido ao plano do governo polaco para aumentar o imposto sobre os lucros da banca, o que provocou uma forte desvalorização da sua subsidiária, o Bank Millennium.

As ações da Jerónimo Martins desvalorizaram 2,43%, refletindo a sensibilidade da empresa ao mercado polaco, após os investidores reagirem negativamente aos resultados apresentados pela sua concorrente Dino Polska.

A maioria dos mercados acionistas europeus registou ganhos, com os investidores animados pela perspetiva de um corte de juros nos EUA, apesar de dados económicos menos positivos na Alemanha.
O otimismo, no entanto, não se estendeu à bolsa de Lisboa.

O programa de 'share buyback' do BCP está quase concluído, com o banco a ter investido 199,2 milhões de euros na compra de ações próprias, atingindo uma participação de 2,04% no seu capital e cumprindo o objetivo de remunerar os seus acionistas.