Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

A decisão da Fed de cortar os juros em 25 pontos-base, embora esperada, foi motivada por preocupações com o mercado de trabalho.

A medida gerou reações mistas e um debate entre analistas sobre a trajetória futura da política monetária, dadas as previsões económicas revistas e as pressões inflacionistas persistentes.

Wall Street reagiu de forma dividida à decisão da Fed, com o Dow Jones a subir enquanto o S&P 500 e o Nasdaq caíram.

A falta de um forte impulso positivo indica que o corte de juros já estava precificado, levando os investidores a uma postura de cautela e realização de lucros.

Os mercados europeus registaram ganhos generalizados na abertura, impulsionados pela confirmação do corte de juros pela Fed.

A decisão, embora esperada, foi suficiente para gerar otimismo entre os investidores, que veem na medida um estímulo para a economia global.

A bolsa de Lisboa registou uma abertura positiva, com o índice PSI a valorizar em linha com os mercados europeus.

A subida foi uma reação direta ao corte de juros pela Fed, invertendo a tendência negativa da véspera e sendo liderada por ganhos em cotadas como a Mota-Engil e a Ibersol.

O regresso da Teixeira Duarte ao PSI simboliza uma recuperação significativa para a construtora, após anos marcados por desafios financeiros e operacionais.

A administração vê este marco como um reconhecimento do sucesso da sua estratégia de reorganização e da confiança renovada dos investidores.

As cotações do petróleo Brent e WTI registaram quedas, refletindo a incerteza dos investidores sobre as perspetivas económicas globais.

Apesar do estímulo monetário da Fed, as preocupações com a desaceleração da procura e outros fatores macroeconómicos pressionaram os preços em baixa.

O preço do ouro corrigiu em baixa, recuando de um recente máximo histórico. Apesar de um ambiente de juros mais baixos ser favorável ao metal, a reação imediata do mercado foi de realização de lucros, possivelmente devido à previsibilidade da ação da Fed e a um ligeiro aumento do apetite pelo risco.

O euro fortaleceu-se em relação ao dólar após a Fed ter anunciado um corte nas taxas de juro.

Esta medida tornou os ativos denominados em dólares menos atrativos, impulsionando a moeda única europeia e refletindo a sensibilidade dos mercados cambiais às políticas dos bancos centrais.

O índice PSI apresentou um comportamento misto ao nível das suas constituintes, com a Mota-Engil e a Ibersol a registarem fortes ganhos.

Em contrapartida, empresas como a Galp e a Navigator enfrentaram perdas, ilustrando que, apesar do otimismo geral do mercado, os fatores específicos de cada empresa continuam a ser decisivos para o seu desempenho.

A comunidade de analistas reagiu com cautela ao corte de juros da Fed, alertando que a medida não garante ganhos futuros no mercado de ações. O consenso aponta para um período de vigilância, com os investidores a serem aconselhados a focar-se nos fundamentos de longo prazo em vez de reagirem a manchetes de curto prazo.