Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

Wall Street fechou a sessão de ontem com recordes históricos nos três principais índices (Dow Jones, Nasdaq e S&P 500).

O otimismo foi alimentado por dados económicos, nomeadamente do mercado de trabalho, que reforçaram as expectativas de um corte nas taxas de juro pela Reserva Federal, estimulando o apetite por ações.

O aumento dos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA para o valor mais alto em quase quatro anos foi o principal motor dos mercados. Os investidores interpretaram este sinal de arrefecimento do mercado de trabalho como um fator decisivo que levará a Reserva Federal a cortar as taxas de juro na sua próxima reunião.

A expectativa de um corte iminente das taxas de juro pela Fed tornou-se o consenso do mercado, apesar de os dados de inflação de agosto mostrarem uma ligeira aceleração. Os investidores priorizaram os sinais de fraqueza do mercado de trabalho, antecipando que a Fed irá reduzir os juros para estimular a economia.

O BCE manteve a sua taxa de juro diretora em 2%, conforme esperado, sinalizando que o quadro inflacionista está alinhado com os seus objetivos a longo prazo.

A decisão não surpreendeu os mercados, que mantiveram o foco nos dados económicos dos EUA e na política monetária da Reserva Federal.

As bolsas europeias fecharam ontem em alta, refletindo um sentimento de otimismo generalizado.

A sessão foi marcada pela expectativa em torno dos dados económicos dos EUA e da decisão do BCE, com os investidores a apostarem num ambiente favorável a cortes nas taxas de juro.

A bolsa de Lisboa fechou em alta, com o índice PSI a valorizar 0,33%, em linha com os mercados europeus.

O desempenho positivo foi liderado pelas ações da Mota-Engil, num dia marcado pelo otimismo global antes das decisões dos bancos centrais.

As bolsas asiáticas, lideradas pelo índice Nikkei do Japão que atingiu um novo máximo, tiveram um desempenho fortemente positivo na sessão de ontem.

Os ganhos foram sustentados pelo otimismo global em relação à política monetária e pela solidez dos resultados empresariais.

Os preços do petróleo Brent e WTI negociaram em baixa na sessão de ontem.

A desvalorização foi atribuída a declarações da Agência Internacional de Energia sobre o nível insustentável das reservas, que se sobrepuseram às preocupações geopolíticas que haviam impulsionado os preços anteriormente.

O euro fortaleceu-se face ao dólar, aproximando-se do seu valor mais elevado desde 2021.

Esta valorização é uma consequência direta da expectativa de que a Reserva Federal dos EUA irá baixar as suas taxas de juro, diminuindo a atratividade da moeda norte-americana.

O preço do ouro atingiu um novo recorde histórico, negociando em níveis sem precedentes.

A procura pelo metal precioso como ativo de refúgio foi impulsionada pela combinação de dados económicos fracos nos EUA e a expectativa de uma política monetária mais expansionista por parte da Reserva Federal.