Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

A confluência de dados económicos negativos, ações políticas controversas e a iminente aplicação de novas tarifas gerou um clima de aversão ao risco em Wall Street, resultando em quedas acentuadas nos principais índices e ofuscando os resultados de gigantes tecnológicos.

O setor bancário português demonstrou resiliência no primeiro semestre, com os lucros a manterem-se estáveis apesar da contração da margem financeira.

O crescimento do crédito foi crucial para compensar o impacto da descida das taxas de juro, embora os resultados individuais dos bancos tenham sido díspares.

A nova política tarifária dos EUA, embora traga alguma previsibilidade com o acordo de 15% para a UE, cria um cenário de tensão comercial global.

O adiamento da sua implementação e as taxas elevadas para outros parceiros mantêm os mercados em alerta, com impactos significativos já a serem sentidos por multinacionais e setores-chave como o automóvel.

A condenação da Tesla representa um revés judicial significativo para a empresa, manchando o seu historial em casos de acidentes com o Autopilot e abrindo um precedente que poderá encorajar novos processos.

A decisão impactou negativamente o valor das ações da empresa e a fortuna do seu CEO, Elon Musk.

As quedas das ações da Apple e da Amazon demonstram que, no atual clima de mercado, os lucros robustos não são suficientes para satisfazer os investidores, que estão mais focados nas previsões futuras e nos riscos macroeconómicos. A reação negativa às previsões da Amazon foi particularmente severa, contribuindo para o pessimismo geral em Wall Street.

A manutenção do 'rating' CCC pela Fitch, acompanhada de uma revisão em baixa das previsões de crescimento, sublinha a frágil situação económica e política de Moçambique. A recuperação económica do país está fortemente dependente da estabilização política e da retoma de megaprojetos de gás natural, que permanecem suspensos devido à instabilidade.

Os resultados dos testes de 'stress' confirmam a robustez e a resiliência dos principais bancos portugueses.

A performance notável da CGD, juntamente com os resultados sólidos do BCP e do Novobanco, indica que o setor bancário nacional está bem capitalizado e preparado para enfrentar potenciais crises económicas severas.

O interesse formalizado do IAG na TAP, apoiado por resultados financeiros robustos, posiciona o grupo como um forte candidato na privatização da companhia aérea portuguesa. A potencial aquisição dependerá das condições do negócio, mas a experiência do IAG com integrações anteriores, como a da Aer Lingus, é apresentada como um modelo de sucesso.

A Jerónimo Martins demonstrou um desempenho financeiro sólido no primeiro semestre, com crescimento nos lucros e vendas. No entanto, a perspetiva de um consumo contido e a intensa concorrência nos seus principais mercados, juntamente com a reação negativa do mercado de ações, indicam que o grupo enfrenta um segundo semestre desafiador.

A queda nos lucros do Santander Totta no primeiro semestre ilustra o desafio que a banca enfrenta com a descida das taxas de juro.

Apesar da forte dinâmica no crédito à habitação, a compressão da margem financeira teve um impacto direto nos resultados, sinalizando um ambiente mais exigente para a rentabilidade do setor.