Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

A sessão europeia foi marcada por uma inversão de tendência, com os principais índices a fecharem no vermelho. O catalisador foi a divulgação de dados de emprego nos EUA mais fracos que o esperado, que, apesar de aumentarem as expectativas de um corte de juros pela Fed, geraram receios de abrandamento económico que acabaram por dominar o sentimento dos investidores.

O índice PSI fechou a semana em baixa, alinhado com as praças europeias, pressionado sobretudo pelas perdas acentuadas do BCP e da Galp Energia.

Enquanto a maioria das cotadas desvalorizou, o setor elétrico, nomeadamente a EDP e a EDP Renováveis, conseguiu contrariar a tendência e registar ganhos.

O BCP registou uma queda acentuada, liderando as perdas na bolsa de Lisboa, num reflexo direto das preocupações macroeconómicas.

A perspetiva de taxas de juro mais baixas nos EUA penalizou o setor bancário, com os investidores a anteciparem um impacto negativo na rentabilidade do banco.

A Galp Energia encerrou o dia com perdas significativas, acompanhando a forte queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Os receios de um abrandamento da economia global, espoletados por dados económicos dos EUA, penalizaram o setor energético e, consequentemente, as ações da petrolífera portuguesa.

A divulgação de uma criação de emprego nos EUA mais fraca do que o esperado foi o evento central do dia, provocando uma inversão nos mercados.

O otimismo inicial com um possível corte de juros pela Fed deu lugar a um pessimismo fundado em receios de abrandamento económico, ditando o fecho negativo das bolsas.

Os fracos dados do emprego nos EUA solidificaram as apostas do mercado num corte das taxas de juro pela Fed em setembro, com a probabilidade a atingir os 97%.

Esta expectativa, no entanto, não foi suficiente para suster as bolsas, uma vez que foi ofuscada pelos receios de um abrandamento económico que a justifica.

Os preços do petróleo registaram quedas expressivas, com o Brent e o WTI a serem penalizados pelos crescentes receios de uma desaceleração económica global. Os fracos dados do emprego nos EUA foram o principal fator a alimentar a perspetiva de uma menor procura por energia, pressionando as cotações em baixa.

As ações da EDP e da EDP Renováveis destacaram-se ao fecharem em alta num dia negativo para a bolsa de Lisboa.

Liderando os ganhos do PSI, a EDPR demonstrou a resiliência do setor das energias renováveis, que continua a atrair o interesse dos investidores apesar da incerteza macroeconómica.