Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

A nova política tarifária dos EUA, embora tenha trazido alguma previsibilidade ao fixar uma taxa de 15% com a UE, gerou perdas generalizadas nos mercados bolsistas e preocupações sobre o impacto no crescimento económico, especialmente em setores exportadores como o automóvel e o vinícola.

A conjugação de tensões comerciais, intervenção política no setor da saúde e sinais de abrandamento no mercado laboral sobrepôs-se aos bons resultados tecnológicos, conduzindo a uma sessão de perdas generalizadas em Wall Street.

A iminente aplicação de novas tarifas por parte dos EUA provocou perdas significativas nos mercados acionistas europeus, com os investidores a temerem as consequências para as economias exportadoras e a rentabilidade das empresas.

Apesar do crescimento dos lucros e das vendas, a Jerónimo Martins enfrentou uma forte reação negativa em bolsa, com os investidores a focarem-se nos desafios futuros, nomeadamente a compressão das margens e um consumidor mais cauteloso.

A queda das taxas de juro impactou negativamente os lucros do Santander Totta no primeiro semestre, através da compressão da margem financeira, embora o banco tenha compensado parcialmente com um crescimento robusto na concessão de crédito.

Impulsionada por um crescimento excecional nas suas divisões de cloud e inteligência artificial, a Microsoft atingiu a rara avaliação de quatro biliões de dólares, consolidando a sua posição de liderança na vanguarda da transformação tecnológica global.

A Meta demonstrou uma forte capacidade de crescimento e rentabilidade, superando as expectativas com resultados trimestrais robustos que validam a sua aposta estratégica na inteligência artificial e reforçam a confiança dos investidores.

Com vendas recorde e um marco histórico de iPhones vendidos, a Apple demonstrou a sua força contínua no mercado, ao mesmo tempo que sinalizou uma intensificação estratégica na área da inteligência artificial, incluindo a possibilidade de aquisições para se manter na vanguarda da inovação.

A pressão direta do Presidente Trump sobre a indústria farmacêutica para a redução de preços gerou forte instabilidade e perdas significativas para as empresas do setor em bolsa, evidenciando o elevado risco político e regulatório que paira sobre a indústria da saúde nos EUA.

Apesar da pressão sobre as margens de juros, a banca portuguesa manteve a sua rentabilidade no primeiro semestre, suportada por um forte crescimento na concessão de crédito, especialmente no segmento da habitação, que compensou os efeitos da política monetária menos favorável.