Briefing: Criptomoedas

A Bitcoin estabeleceu um novo recorde histórico ao superar os 125.000 dólares, um movimento amplamente atribuído à procura por ativos de refúgio devido à paralisação governamental nos EUA, o que reforça o seu papel como alternativa aos mercados financeiros tradicionais em tempos de incerteza.

Relatórios da Henley & Partners e da Finbold confirmam um número crescente e significativo de milionários de criptomoedas, indicando uma aceleração na concentração de riqueza e uma forte resiliência por parte dos grandes investidores, o que demonstra o potencial do setor como gerador de fortunas.

Apesar de permanecer entre os 20 primeiros países no índice global de adoção de criptomoedas, a descida de Portugal no ranking indica uma perda de competitividade, o que representa um desafio para a atração de capital e talento num setor financeiro cada vez mais globalizado.

A seleção da Feedzai pelo BCE para desenvolver o sistema antifraude do euro digital, através de um contrato que pode chegar aos 237 milhões de euros, confirma a liderança tecnológica da empresa portuguesa e a sua importância estratégica na construção da futura infraestrutura de pagamentos da Europa.

A Feedzai solidificou a sua posição como um dos principais unicórnios portugueses ao garantir um investimento de 75 milhões de dólares, que elevou a sua avaliação para mais de 2 mil milhões.

A ronda, apoiada por investidores nacionais, sublinha a confiança do mercado na sua tecnologia, reforçada pela sua recente seleção para o projeto do euro digital.

O BCE avançou com um roteiro para o euro digital, que prevê o seu lançamento entre 2028 e 2029, após as fases de preparação e aprovação legislativa. A nova moeda digital promete ser um meio de pagamento universal e seguro, com funcionalidades como pagamentos offline, coexistindo com o numerário e com garantias de privacidade.

Christine Lagarde, presidente do BCE, apelou a uma regulação mais estrita para as entidades não bancárias e criptoativos, com o objetivo de garantir a estabilidade financeira e a equidade no mercado.

A sua posição demarca-se da abordagem de desregulação dos EUA, indicando uma provável intensificação da supervisão na Europa.